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Ronaldo Miranda. Foto: divulgação.
Com o anúncio da contratação de Ronaldo Miranda, ex-presidente da Officer, como seu CEO para o Brasil, a Arrow adicionou uma principal peça ao seu plano de crescimento no país, estratégia iniciada no ano ado quando comprou a CNT Brasil.
No comando da Arrow Brasil, Miranda terá o papel de coordenar o processo de transição da CNT, adquirida em agosto do ano ado por um valor não aberto.
O plano da Arrow para 2015 é manter o ritmo de crescimento orgânico da CNT, que registra um aumento de aproximadamente 15% ao ano.
"Este será um ano de transição, em que pretendemos trabalhar com a base que já herdamos da CNT, reforçando nossa rede de parceiros e reforçando o portfólio nacional com marcas que a Arrow tem no exterior", destaca o executivo.
Miranda não deu detalhes sobre as marcas ou novos canais que podem ser adicionadas à nova oferta da Arrow, mas destacou que globalmente a empresa tem ligações com mais de 100 mil fabricantes OEM e clientes em geral. Entre nomes que a Arrow distribui mundialmente e não constam no portfólio da CNT estão Alcatel-Lucent, EMC, Brocade, Extreme, SAS, entre outras.
Outra proposta que a Arrow deve trazer para o país é o ArrowSphere, programa de venda de soluções via cloud que a empresa já tem no exterior. No Brasil, distribuidoras como Officer e Ingram Micro iniciaram recentemente ofertas do tipo.
"No caso do ArrowSphere, já podemos chegar ao Brasil com um canal já estruturado e testado no mercado exterior. Só será preciso o trabalho de nacionalização da plataforma", afirmou Miranda, sem dar detalhes de quando ela deve chegar ao país.
Com este movimento, o Brasil servirá como a porta de entrada da distribuidora britânica para a América Latina. Para o próximo ano, a empresa prevê ações para entrar em mercados vizinhos como Chile, Colômbia, México e outros da América Latina.
"Estamos estudando este processo de expansão, o que pode envolver novas aquisições. A Arrow está disposta a fazer investimentos estratégicos para impulsionar este crescimento a médio e longo prazo", afirmou Miranda.
De acordo com o executivo, longo prazo parece ser a palavra de ordem, ainda mais em um cenário complicado como está a distribuição no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abradisti), 2014 teve um faturamento estimado em R$ 12,6 bilhões, queda de 5% em relação ao valor de R$ 13,3 bilhões registrado no ano ado.
Para Miranda, o desafio assumido com a Arrow é diferente das dificuldades que ele enfrentou à frente da Officer, uma das maiores do país com faturamento superior a R$ 1,2 bilhão.
"A Arrow é uma empresa que fatura US$ 21 bilhões por ano e tem consciência que o mercado brasileiro deve trazer retorno mais na frente, com uma estratégia de crescimento sólido e orgânico. Isso dá segurança para um planejamento mais cuidadoso", avalia o executivo.
A explicação de Miranda serve também para a movimentação de grandes players de distribuição, que investiram para acelerar no Brasil em um momento de baixa. No ano ado, a Scansource também investiu no país com a compra da Network1.
Em 2015, a Westcon anunciou uma reformulação de sua estrutura no Brasil, unificando a liderança de suas unidades de negócio e impulsionando o desenvolvimento de soluções voltadas a novos modelos de consumo - entre eles cloud e SaaS.
"O Brasil vive um momento de consolidação das distribuidoras, um segmento que vai se reestruturar de forma definitiva nos próximos anos e, com isso, retomar o crescimento", finaliza Miranda.