
Reges Bronzati. Foto: Baguete Díario
A Assespro-RS quer reativar o Arranjo Produtivo Local (APL) de TI da Serra e da Região Metropolitana – com foco na área de software – e recuperar o tempo e o dinheiro perdidos.
Em maio, um edital do governo gaúcho concedeu R$ 1 milhão para 10 APLs no estado. Nenhuma delas da área de software.
A ideia é fazer andar um projeto criado entre o final de 2009 e o início de 2010.
Segundo Reges Bronzatti, presidente da associação, a troca do governo acabou deixando o projeto inicial “meio esquecido”, o que acabou prejudicando o setor.
“Se o projeto inicial tivesse andado, no mínimo teríamos hoje o a recursos para tocar ações que já tinham sido pensadas na época para que a gente pudesse desenvolver empresas”, lamenta Bronzatti.
Entre as ações, relembra o diretor estava a criação de um prêmio estadual de software, treinamentos e capacitação e apoio na certificação de ISO 9001.
“Tudo isso demanda recurso. E para buscar esses recursos, hoje, é preciso criar uma APL”, diz Bronzatti.
ada a última chance perdida, em 2011, o próximo edital do governo deve sair em novembro.
Até lá, para criar a APL na região Metropolitana, diz o diretor, será necessário apresentar um projeto que se desdobre em vários eixos: crédito e financiamento, governança e cooperação, tecnologia e inovação, formação e capacitação e o aos mercados nacional e internacional.
“Precisamos nos mobilizar de forma unida, se não o setor continuará sendo penalizado”, insiste Bronzatti.
Um dos primeiros os será uma reunião, na próxima semana, com a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), para “conscientizar o governo” da importância do setor.
Na sequência, o apelo segue para as entidades no Ceti e, posteriormente, às universidades gaúchas.
O documento original contava com o apoio de nomes como Unisinos, PUCRS, UFRGS, Trinopolo, Assespro e outras entidades, unindo três eixos: empresas, governo e instituição de ensino. Eram em torno de 20 participantes.
Bronzatti cita o Núcleo de Tecnologia da Informação do Sudoeste do Paraná como case de sucesso.
Criado em 2003, com sede no município de Pato Branco, o núcleo tem hoje mais de 50 empresas parceiras e convênio com mais de 20 entidades.
As atividades sugeridas pelos integrantes foram documentadas e entre elas estão a capacitação de adolescentes, envolver as instituição de ensino no processo de qualificação, agenda com encontros periódicos, criação de fundo para investimento em TI, entre outros benefícios.