SURPRESA

Astronauta Pontes agora é senador 67m2z

Ex-ministro de Ciência e Tecnologia levou 49,68% dos votos válidos em São Paulo. 4s3t1k

03 de outubro de 2022 - 11:02
Pontes surpreendeu na urna.  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

Pontes surpreendeu na urna. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

Marcos Pontes (PL), ex-ministro da Ciência e Tecnologia, foi eleito senador por São Paulo neste domingo com 49,68% dos votos válidos, ou 10.714.668 votos. 

A vitória de Pontes, conhecido por ter sido o primeiro astronauta brasileiro, foi surpreendente: a maioria das pesquisas eleitorais apontava como favorito o ex-governador Márcio França (PSB).

No sábado (1º), França aparecia com 43% dos votos válidos no Ipec e com 45% no Datafolha. Já Pontes tinha 31% tanto no Ipec quanto no Datafolha.

Na urna, França fez 36,27% dos votos válidos, ou 7.822.213 votos.

O desempenho de Pontes é mais notável ainda tendo em conta que o ex-ministro fez apenas 43.707 votos em 2014, quando concorreu a deputado federal de São Paulo pelo PSB.

Já em 2018, foi o segundo suplente a senador de Major Olímpio (no então PSL), morto em março de 2021 após complicações da covid-19.

O que parece ter feito a diferença para Pontes agora foi a exposição como ministro de Ciência e Tecnologia entre (2019-2022) no governo de Jair Bolsonaro e o destaque durante a campanha para governador de Tarcísio de Freitas (Republicanos), outro ex-ministro de Bolsonaro, que fez 42,32% dos votos válidos no primeiro turno.

Antes de ser nomeado para o ministério, Pontes vinha aproveitando os frutos da fama, com uma carreira de palestrante motivacional e empreendimentos meio duvidosos, como um “travesseiro aprovado pela Nasa”.

Durante a gestão de Pontes, o Ministério da Ciência e Tecnologia sofreu grandes cortes de verbas e perdeu a briga por manter o Ceitec, centro de produção de chips em Porto Alegre em processo de liquidação. 

Ainda no ano ado, o CNPq sofreu um apagão nas plataformas Lattes e Carlos Chagas, principais sistemas federais de pesquisa brasileira.

Pontes nunca teve muita influência dentro do governo, mesmo tendo tido a oportunidade de ser uma voz de bom senso em meio à conduta errática do governo federal em relação à pandemia do coronavírus (o que, talvez, fosse uma tarefa impossível para qualquer ministro).

O ponto mais baixo da trajetória do ministro de Ciência e Tecnologia talvez tenha sido proporcionado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse em um reunião com parlamentares que considerava Pontes "burro".

Guedes disse que o colega vivia no “espaço” e “não entende nada de gestão”.

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