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Kleber Linhares. Foto: divulgação.
Este 2013 será o ano do cliente na Azul.
Assim define Kleber Linhares, diretor de Tecnologia da aérea, que é categórico em afirmar o papel da TI neste foco da companhia, dentro do que se destacam ações como a terceirização da infraestrutura com o UOLDiveo.
“Nosso negócio é vender agem, atender bem ao cliente. Este é nosso core business”, afirma Linhares. “Antes mesmo de iniciar as operações com voos domésticos no país, já procurávamos um fornecedor para realizar o outsourcing completo do ambiente de TI”, completa.
Após um estudo de mercado que escolheo o UOLDiveo, o trabalho incluiu sistemas de base, como ERP e banco de dados Oracle, além de boa parte do datacenter.
Apesar de apostar no outsourcing, a Azul prefere manter a gestão compartilhada da infraestrutura, mas a operação é toda delegada ao UOLDiveo.
Terceira maior companhia aérea do Brasil, a empresa soma 116 aeronaves, 860 voos diários, 100 destinos atendidos no Brasil e cerca de nove mil colaboradores, tendo 15% de participação de mercado.
Uma estrutura que exige bases fortes e agilidade, fatores que não faltaram ao projeto, garante o diretor.
"A operação de uma das empresas que mais cresce no setor de aviação brasileiro foi colocada no ar em apenas três meses pelas equipes deles e nossa, sendo dois meses para implementação e um para testes", relembra ele.
Hoje, o pacote inclui gestão de ambiente de dados com base em ITIL, serviços de infraestrutura híbrida de hosting dedicado e colocation, soluções de virtualização e storage, além de gateway de pagamentos e monitoramento das vendas de agens aéreas por meio do website e do callcenter.
Um trabalho que deverá ser expandido em razão da fusão com a Trip no ano ado.
“Esta união torna a operação mais robusta e, para acompanhar esse crescimento, o próximo o com o UOLDiveo deve ser a ampliação do ambiente de dados, além do aumento dos profissionais dedicados à nossa operação”, comenta Linhares.
E o outsourcing de infraestrutura não é o único projeto na mira da TI da Azul, que é formada por seis gerentes de tecnologia e um time de cerca de 50 profissionais, dos quais a maior parte é composta por analistas de projeto.
A equipe estuda as demandas da companhia, define escopo, concebe arquiteturas e terceiriza a programação.
“O cérebro fica aqui, os braços são terceirizados”, define o diretor do elenco, que fica todo localizado em São Paulo.
Um grupo que está trabalhando na integração dos sitemas da Azul e da Trip, que utilizam softwares iguais em muitos casos, mas exigem trabalho na unificação em data center, por exemplo.
E para “o ano do cliente”, outros projetos prometem pipocar com esta mira.
“Teremos de pensar soluções para cliente final. Autoatendimento, mobilidade, aplicações móveis, tudo o que possa oferecer nosso produto com mais facilidade”, ressalta o diretor de TI.
Ações que já vêm em andamento com investimentos como o feito no fim do ano ado na plataforma de emissão de bilhetes eletrônicos interline da Travelport, especializada no processamento de transações para a indústria de viagens.
A Azul implantou também soluções de Through Checkin da companhia que permitem o processamento de mensagens entre empresas aéreas e seus parceiros de interline/codeshare.
Traduzindo, por meio de acordos, a Azul oferecerá aos clientes recursos de interline e checkin em uso pelas companhias aéreas de todo o mundo que participem de sua rede de parceiros, via canais diversos de distribuição.
A empresa também entrou para a Travelport E-Ticket Interchange, instalação de e-ticketing para troca de mensagens de e-ticket interline entre as redes de companhias aéreas participantes, incluindo aliados de outros setores, como companhias de trens, ground handlers e sistemas de distribuição global (GDS).
Atualmente, a plataforma a mais de 420 participantes e seis mil acordos de interline/codeshare, processando mais de 650 milhões de mensagens IET ao ano.
“Ganhamos uma funcionalidade crítica que permitirá a agentes de reserva e de viagem atribuírem assentos e emitirem cartões de embarque para conexões do viajante em voos de parceiras e codeshare”, avalia Trey Urbahn, diretor de Receita da Azul.
Segundo ele, o Travelport E-Ticket Interchange tem conectividade com aproximadamente 20 diferentes sistemas de controle de decolagem de todo o mundo.