
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que as empresas preferem cobrar caro e atender pouca gente do que ampliar o o no país.
“Como as empresas se conformam em oferecer serviços que só atendem a cerca de 20% da população? Não acho razoável. Isso se deve à renitente opção das empresas de oferecer serviços caros e atender pouca gente”, disse Paulo Bernardo.
Primeiro morde
Na opinião do ministro, cuja pasta abraça o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), “tem que ser o contrário” – oferta barata, para muita gente – e deu uma leve reprimenda nas teles.
“O mercado não pode só pedir dinheiro para o governo”, defendeu Bernardo.
Segundo Bernardo, o governo está disposto a trabalhar em parceria com as empresas para aumentar o o da população.
Depois assopra
Apesar da crítica ao modelo, Bernardo segue na linha de aproximação com as grandes empresas de telecomunicações – criticada por pequenos provedores e tida como um dos motivos para a saída de Rogério Santanna, ex-presidente da Telebrás, nessa semana.
Santanna era conhecido pelo combate às teles, quase no mesmo discurso de Bernardo, sem manter, no entanto, qualquer resquício de aproximação.
Para o ex-diretor, as operadoras cobravam muito caro e ainda choravam quando uma alternativa mais em conta – no caso, a Telebrás – surgia no mercado.
Já no discurso de Bernardo, “parceria, soma de esforços e coesão” são alguns dos vários termos empregados ao falar da dobradinha entre governo e setor privado:
“Queremos somar esforços, estamos com toda a disposição de fazer diálogo”, completa Bernardo.