
Uma proposta para baratear em 25% os smartphones no Brasil deve ser encaminhada até o final do mês aos ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia.
Quem trabalha no projeto é o Ministério das Comunicações.
Segundo o titular da pasta, Paulo Bernardo, a ideia é estender benefícios fiscais aos fabricantes dos celulares inteligentes, à semelhança dos já concedidos aos tablets.
“Nós precisamos baratear esses produtos (os smartphones). Nas classes C, D e E, o maior sonho de consumo é ter celular com internet”, destaca.
Nas contas do ministro das Comunicações, o preço dos smartphones pode chegar a R$ 150 com o pacote de incentivos.
Mercado animado
Empresas com planos de manufatura nacional ficaram animadas com a notícia. Marcelo Najnudel, gerente de marketing da área de terminais da Huawei no Brasil, avalia que a medida pode acelerar a decisão da companhia de ter uma fábrica brasileira.
“Obviamente, as empresas querem uma fatia maior do mercado brasileiro. Esperamos que os incentivos dos tablets sejam estendidos para os smartphones”, diz Najnudel.
Smartphone de entrada
De acordo com o jornal O Globo, a ideia do governo seria criar um modelo novo de smartphone, mais simples. Os aparelhos que se enquadrassem nesses padrões seriam desonerados.
Segundo o secretário-executivo das Comunicações, Cezar Alvarez, compara à linha do programa “Computador para Todos”. Não serão beneficiados com isenção fiscal equipamentos ultrassofisticados, mas sim aqueles com padrão de qualidade razoável e capacidade para o rápido às redes de transmissão de dados.
Atualmente, técnicos do ministério estão estudando os impactos de uma adoção da medida.
Nos tablets não é bem assim
No caso da desoneração dos tablets, as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins foram zeradas. A expectativa é de uma queda de cerca de 30% no custo ao consumidor final.
A consultoria de mercado IDC, no entanto, é mais conservadora ao estimar a baixa. Para os analistas, a fabricação interna pode reduzir o preço entre 10% e 15%.
Dentro do Brasil, a expectativa de vendas para 2011 - cujos dados ainda não foram consolidados- é de 450 mil tablets. Em 2010, foram comercializados 100 mil aparelhos no país.