
Agência do Bradesco, uma espécie em extinção? Foto: Divulgação.
O Bradesco fechou 1.527 agências desde o começo da pandemia do coronavírus, em março de 2020, um corte de 35% no total de unidades, que hoje fica em 2947.
Com o corte, o banco deixou de ser a maior rede de agências do país, ando a posição para o Banco do Brasil, que hoje tem 3980.
O Banco do Brasil também fechou unidades, num total de 388, um corte de cerca de 10% no período.
Os dois bancos concentram a maioria dos fechamentos de agências, cujo número total chega hoje a 18.302 no país, uma queda de 11% desde o começo da pandemia.
A cifra, divulgada pelo site Poder360, é a menor desde que a contagem começou a ser feita pelo Banco Central.
A pandemia acelerou a tendência, mas o número de agências já vinha caindo sem parar desde 2016, quando foi atingido um pico de 23,4 mil unidades.
No caso, a Covid levou ainda mais clientes a usarem pagamentos e o atendimento bancário por meios digitais.
Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander, que respondem por 86% das agências do país, são também responsáveis pela maior parte dos fechamentos, com 93% do total.
Em nota, o Bradesco disse que acelerou “o processo de transformação, otimização e modernização de sua rede física de agências” porque 98% das transações já são digitais.
O processo a por fusão de agências próximas e pela transformação de agências em unidades de consultoria de negócios.
CONTRAMÃO
A Caixa Econômica Federal é o único dos 5 maiores bancos do Brasil que não fechou agências bancárias na pandemia de covid-19. O número de agências do banco público está estável desde 2018 e vai crescer em 2022.
A Caixa promete abrir 268 agências nos próximos meses, das quais 100 serão dedicadas exclusivamente ao agronegócio. Quase um terço dos novos locais de atendimento ficará no Nordeste.