
O Brasil é o país com a mais alta média de gastos mensais de todo o mundo com recarga de celulares pré-pagos. Por aqui, os usuários deste tipo de plano gastam cerca de US$ 45 ao mês em créditos, segundo um levantamento da Diálogo Regional sobre Sociedade da Informação (DIRSI), rede de pesquisas sobre o mercado de Telecom da América Latina.
No país, os celulares pré-pagos somam hoje mais de 151 milhões.
O estudo da DIRSI compreende 20 países da América Latina, mas constata que os serviços pré-pagos brasileiros são os mais caros do planeta já que a média de gastos latino-americana neste segmento é o dobro da média dos países que integram a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), da qual fazem parte as nações mais ricas e com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo.
Além da tarifa mais elevada do globo, o Brasil também mantém uma distância considerável em relação ao segundo país de pré-pago mais caro: Honduras, cuja média de preço é 75% menor que a brasileira.
Já na comparação com Argentina e México, a tarifa brasileira é 55% maior. Frente a do Paraguai, fica 18 vezes mais alta.
A base de cálculo da DIRSI é uma cesta de baixa renda de telefonia criada pela OCDE, que inclui 30 chamadas variadas (locais e longa distância) com dois minutos cada e o envio de 33 mensagens de texto por mês. O cálculo não leva em conta promoções das operadoras.