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Instalações da BrPhotonics. Foto: divulgação.
A BrPhotonics, empresa criada no ano ado em uma parceria entre o qD e a norte-americana GigOptix, inaugurou na última sexta-feira sua unidade fabril em Campinas, interior de São Paulo.
Instalada no pólis de tecnologia, a BrPhotonics tem como foco de atuação o mercado global de dispositivos fotônicos e microeletrônicos para sistemas de comunicações ópticas de alta velocidade - acima de 100 Gb/s.
O plano da companhia é atingir um faturamento de R$ 30 milhões em dois anos. Em 2015, a receita estimada pela companhia é de R$ 4 milhões e em 2016, a empresa quer mais do que triplicar esse valor, chegando a R$ 15 milhões.
Nas novas instalações, a BrPhotonics fará o processamento e alinhamento de chips fotônicos em redes de fibra óptica de longa distância ou metropolitanas (metro) e para prover conectividade em cloud computing.
“São componentes de tamanho bastante reduzido em relação aos atualmente disponíveis no mercado, com capacidade para transmitir a mais de 100 Gb/s e com grande redução no consumo de potência”, explica Júlio César Rodrigues de Oliveira, presidente da BrPhotonics.
Para produzir esses componentes, foram montadas áreas limpas classe 100 e classe 10.000. A primeira recebeu os equipamentos para fabricação dos chips, que a GigOptix transferiu de sua planta nos Estados Unidos para Campinas.
“A área limpa classe 10.000 abriga a infraestrutura de empacotamento dos chips, enquanto a área classe 100 abriga as etapas de fabricação dos chips fotônicos”, destaca Oliveira.
Segundo ele, ainda neste ano, a BrPhotonics iniciará o envio de amostras de seus produtos para clientes interessados em realizar testes e qualificação. A produção em escala dos componentes terá início em 2016.
Conforme destacou a empresa em nota, o objetivo é "promover a convergência entre as tecnologias fotônicas e de microeletrônica, proporcionando maior densidade de informação (bit por área) nas aplicações de comunicações".
Com isso, a BrPhotonics espera atender à demanda crescente por capacidade de transmissão, de entretenimento on-demand e pelo processamento de grandes volumes de dados não estruturados (big data).
Para o presidente da BrPhotonics, o Brasil agora figura em um seleto time de países que produzem chips certificados para estes segmentos, ao lado de Cingapura e a Bélgica.
"Nós estamos capacitados para fazer todo o processo fabril, com 250 chipsets a partir de março. São chipsets com valor de mercado estimado entre US$ 2 mil a US$ 5 mil. Ao alcançarmos 12 mil chipsets ao final de 2016, vamos repensar o projeto fabril e a ampliação da unidade deixando a planta de Campinas para testes", explicou.
Segundo a fabricante, o mercado consumidor dos chipsets são os fabricantes de sistemas ópticos como a PadTec, empresa também do QD, Alcatel, Huawei, Ciena, entre outras.