Alessandro Cauduro, CDXO da Azion.
Alessandro Cauduro, um dos fundadores da W3Haus, agência digital gaúcha que chegou a figurar entre as maiores do nicho no país, acaba de assumir o recém-criado cargo de Chief Developer Experience Officer (CDXO) na Azion, uma startup focada em edge computing.
Na posição de CDXO, um cargo relativamente raro mesmo em nível mundial, focado na melhoria da experiência de usuário dos desenvolvedores de software em uma determinada comunidade.
“Chegou o momento de eu começar a escrever uma nova história e apostar em algo em que acredito muito e que vai crescer exponencialmente nos próximos anos”, afirma Cauduro.
Fundada em 2011 em Porto Alegre, a Azion criou tecnologia com aplicações em serviços financeiros e e-commerce, atendendo no momento 40 mil sites de comércio eletrônico em todo o mundo.
No final de 2020, a empresa divulgou ter captado uma rodada de investimentos de série A da Monashees e da Qualcomm Ventures, dois fundos internacionais de cacife.
A Azion não revelou valores, mas um investimento desse tipo costuma ficar entre US$ 2 milhões e US$ 15 milhões. A empresa tem hoje sua sede em Palo Alto, no Vale do Silício, e a maior parte do faturamento vem dos Estados Unidos.
Cauduro é um nome de peso. Ele foi um dos fundadores da W3Haus no começo dos anos 2000, quando o conceito de agência digital mal existia no mercado brasileiro. Cauduro sempre foi “o cara de tecnologia” da empresa.
A empresa evoluiu para ser uma das maiores agências digitais independentes do país, enquanto a maior parte dos concorrentes foi sendo comprada por grandes grupos internacionais de publicidade.
A W3Haus tinha operações em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, e clientes como Ambev, Bauducco, O Boticário, HBO, Panvel, Petrobras, Santander, Tramontina, entre outros. A empresa tem hoje 240 funcionários.
Em 2020, chegou a hora da própria W3Haus ser adquirida pela Stefanini, uma das maiores companhias de serviços de TI do país, que vem apostando bastante em marketing digital nos últimos anos.
Com a saída de Cauduro, sai também o último fundador do negócio. O CEO, Tiago Ritter, ficou até dezembro de 2021. Em nota, a Stefanini divulgou que Ritter agora vai “investir em projetos fora do país”, mas segue no conselho e mantém “proximidade estratégica” com o grupo Stefanini.
Maurício Renner 5wt6n
Editor at Baguete Diário