
Brian Krzanich estava na Intel desde 1982.
Brian Krzanich, CEO da Intel desde 2013, saiu da empresa depois de que foi revelada uma investigação interna sobre uma “relação consensual com um empregado”.
De acordo com um comunicado da gigante de chips divulgado nesta quinta-feira, 21, o relacionamento viola a política de “não-fraternização” da empresa que se aplica a todos os gerentes.
A nota da Intel não dá maiores detalhes sobre a natureza da relação ou quando a investigação começou. A imprensa americana ainda não tem maiores detalhes.
O CFO Robert Swan assume como CEO interino.
Krzanich entrou na Intel em 1982. Na sua atuação como CEO, ajudou a Intel a deixar de ser uma companhia totalmente focada em fornecer chips para PCs e a ter uma abordagem mais “data cêntrica”.
Ele esteve à frente da aquisição da Mobileye, uma fabricante de chips para carros, em um negócio de US$ 15 bilhões.
Krzanich foi o sexto CEO na história da Intel, uma companhia fundada em 1968 que é um dos pilares iniciais do Vale do Silício.
Mesmo assim, analistas ouvidos pelo jornal americano USA Today não estão muito preocupados.
"A Intel é uma empresa movida a processos com muitos candidatos internamente para a posição de CEO", resume o analista da Stifel Kevin Cassidy.
A fase não anda boa para altos executivos quando o assunto é relacionamento interpessoal.
Ainda em janeiro, o CEO da Equinix pediu para sair "após exercer um julgamento falho a respeito de um assunto relacionado com um funcionário", segundo nota da gigante de data center.
O caso mais conhecido desse tipo é o de Mark Hurd, hoje CEO da Oracle, que foi demitido da HP após um episódio mal explicado envolvendo uma atriz contratada para ser hostess de eventos da companhia.