
Roberto Mussalem, diretor-presidente da CHG-Meridian. Foto: Divulgação.
A CHG-Meridian, empresa alemã especializada em leasing operacional de equipamentos de tecnologia, quer alcançar um faturamento de € 50 milhões no Brasil em 2016. Com isso, a empresa quer crescer mais de 60% em dois anos, pois em 2014 a receita no país ficou em cerca de € 30 milhões.
A empresa considera que o momento instável da economia no Brasil apresenta uma oportunidade de crescimento para a CHG-Meridian, pois a companhia afirma que o leasing é uma chance de gerenciamento de fluxo de caixa neste cenário que os executivos agem de forma cuidadosa.
O processo de leasing operacional se difere do tradicional leasing financeiro pois não há a intenção de compra no final do contrato.
“Quando se busca o leasing financeiro geralmente há a intenção de manter a propriedade, enquanto no leasing operacional o foco é no uso temporário. No caso dos equipamentos eletrônicos, não há vantagens em mantê-los, pois se tornam obsoletos”, explica o diretor-presidente da CHG-Meridian, Roberto Mussalem.
A empresa trabalha com produtos como desktops, notebooks, servidores, tablets, entre outros. A grande maioria (90%) dos contratos com as empresas que utilizam os equipamentos duram três anos, período em que os dispositivos não são considerados obsoletos.
“Além de precisar investir em equipamentos com frequência, a empresa que adquire os itens enfrenta o trabalho do descarte, que com a lei dos resíduos sólidos se torna trabalhoso e caro”, relata Mussalem.
A lei, criada em 2010, prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos. Ela institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos (fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, cidadãos e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos).
No Brasil, a CHG-Meridian tem clientes como Volkswagen, Vallourec, Siemens, Scania e Merck. O total de empresas atendidas fica em aproximadamente 50, todas de grande porte.
Para chegar aos clientes, a companhia conta empresas de outsourcing parceiras, que indicam o leasing quando o formato se encaixa no projeto. A principal companhia a cumprir essa função é a Stefanini. Além dela, a CHG conta com a Sonda IT.
A Stefanini fechou 2014 com um faturamento de R$ 2,35 bilhões, uma alta de 11% frente ao ano anterior, e prevê manter o mesmo ritmo em 2015.
Segundo os últimos dados de resultados divulgados pela Sonda IT, a empresa teve em 2013 um faturamento de US$ 1,2 bilhão. Em 2014, a empresa revelou ter fechado de R$ 250 milhões em novos contratos no Brasil.
No mercado de leasing, as principais concorrentes da CHG no Brasil são IBM, que conta com o Banco IBM para esse tipo de operação, e HP, com a unidade Financial Services.
Com presença em 22 países e receita global de € 1,2 bilhão no ano ado, a empresa opera no Brasil há três anos.
A CHG-Meridian está localizada em São Paulo e Rio de Janeiro, e conta com 20 colaboradores. Para 2016 está prevista a inauguração de uma unidade em Belo Horizonte.