O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), iniciou nesta quarta-feira, 27, as negociações com as centrais sindicais para colocar em pauta no segundo semestre a proposta de emenda constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas.
Segundo informações do Valor Econômico, Maia esteve reunido com representantes das seis centrais com os quais elaborou um plano para levar a proposta a plenário.
A estratégia do governo, segundo a reportagem do Valor, é aprovar primeiro a desoneração da folha salarial, um dos projetos da reforma tributária que a presidente Dilma Rousseff encaminhará ao Congresso nas próximas semanas e que conta com o apoio dos empresários.
Os sindicalistas concordam em aprovar o projeto desde que haja avanços na PEC da jornada.
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Empresários contra
Resta saber se a desoneração da folha será suficiente para desmobilizar os empresários, que são contrários à redução da jornada de trabalho.
Em março do ano ado, uma comitiva de 60 empresários de 19 segmentos da indústria gaúcha liderada por Paulo Tigre, presidente da Fiergs, esteve em Brasília manifestando sua contrariedade.
“No momento em que diminuirmos a jornada de trabalho para 40 horas, com mesmo salário e aumentarmos o valor da hora extra, estaremos elevando nossos custos e diminuindo a competitividade dos nossos produtos no exterior”, afirmou na ocasião Tigre.
Como é na TI
Nas profissões de TI, a jornada de trabalho no Paraná é de 40 horas, em Santa Catarina de 44 e no Rio Grande do Sul de 44 para o setor privado e 40 para o setor público.
Recentemente, os sindicatos obreiro e patronal do setor em São Paulo chegaram a um acordo para diminuir a jornada de 44 para 40 horas a partir de 1º de janeiro de 2011, sem redução dos salários.