
Copel aposta em smart grid. Foto: divulgação.
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) anunciou para esta quarta-feira, 07, o início de seu projeto piloto de redes inteligentes de energia elétrica (smart grid) em Curitiba.
O projeto, chamado de "Paraná Smart Grid", vai abranger três bairros da capital e inclui inovações tecnológicas que tem o objetivo de reduzir o número e o tempo dos desligamentos na rede elétrica.
Além disso, como destaca o TI Inside, o projeto possibilitará a medição do consumo de energia, água e gás a distância, descentralizndo a geração de energia e servindo de teste para outras aplicações de vanguarda para infraestrutura energética nas cidades.
Segundo Lindolfo Zimmer, presidente da Copel, o projeto piloto é um o crucial no desenvolvimento das redes inteligentes, o que pode resultar em melhorias como a medição à distância de água, luz e gás usando um único canal de comunicação.
A empresa aproveitará a convergência estratégica com outras estatais, como Sanepar e Compagás, para efetivar um procedimento de controle e medição compartilhado.
"É um requisito para estimular a geração distribuída e converter as novas tecnologias do setor elétrico e das telecomunicações em benefícios para o consumidor", destaca o presidente.
De acordo com o executivo, um dos principais objetivos com a iniciativa é chegar a um estágio de automação completa da rede elétrica, o que dispensaria a interferência humana para isolar trechos sem luz.
"Nosso smart grid pretende alcançar um nível de automatização da rede elétrica em que o monitoramento, a identificação e a transmissão de informações que permitem a reconfiguração da rede após uma interrupção no fornecimento possam ser realizados pelo próprio sistema", explica o diretor-presidente da Copel Distribuição, Vlademir Santo Daleffe.
Para a implementação do projeto piloto, a Copel selecionou uma área com 10 mil unidades consumidoras localizadas nos bairros Bigorrilho, Campina do Siqueira e Mossunguê, área de grande densidade populacional e que inclui os prédios do Centro de Operação da Geração e Transmissão (COGT) e do polo operacional da empresa.
"Nosso objetivo será testar essa tecnologia para estendê-la, em um segundo momento, a outras regiões da capital e do Estado", ressalta Daleffe.
SMART GRID
Investidas como a da Copel mostram uma preocupação dos governos estaduais em conceitos como smart grid. Empresas como a Celpe, no Pernambuco, vem realizando investimentos na área.
No final de 2013, o Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento, anunciou uma estratégia para construir uma política pública para as redes inteligentes. A ideia é financiar a troca de equipamentos via BNDES com juros íveis e, em troca, as empresas não podem alterar as tarifas de eletricidade.
De acordo com cálculos do governo, serão necessários US$ 32 bilhões, ou seja, R$ 70 bilhões, para proporcionar a substituição de todos os equipamentos, que vão desde os switches aos medidores de energia residenciais, comerciais e industriais em todo o território brasileiro.
A operação envolve 63 concessionárias de distribuição de energia.