
Quem nunca?
Os custos de projetos com inteligência artificial generativa podem acabar saindo cinco ou 10 vezes maiores do que as projeções iniciais.
A estimativa, de deixar qualquer CIO de cabelo em pé, é do Gartner, gigante de consultoria em tecnologia e foi feita por uma analista durante um evento na Austrália, segundo relata o site The .
“É bem fácil jogar dinheiro fora com Gen AI”, resumiu a analista do Gartner Mary Mesaglio, citando como exemplo os primeiros projetos com computação em nuvem, quase duas décadas atrás.
Aumentos de preços por parte dos fornecedores podem fazer os custos estourarem, combinado com clientes que não olham direito como funciona a cobrança de recursos baseados em nuvem.
Também está a possibilidade de uso excessivo, com usuários fazendo perguntas para uma IA quando uma busca resolveria o problema, ou fazendo perguntas cada vez mais complexas.
(Isso é importante, porque os fornecedores cobram pelas palavras da pergunta e as da resposta, dentro do esquema conhecido como “tokens”).
Também entra em jogo a origem dos dados. Caso os robôs de Gen AI possam buscar dados não estruturados (o que em tese produz melhores resultados), os custos aumentam.
Talvez o questionamento mais interessante trazido pelo Gartner aos participantes do seu evento na terra dos cangurus não tenha nada que ver com tecnologia, mas com, digamos, o elemento humano.
Pesquisas do Gartner apontam que o uso de IA pode economizar 43 minutos de trabalho por dia. Mas o que exatamente os usuários farão com esse tempo ganho? Correr atrás de mais trabalho ou ir tomar um café?
Caso a maior parte deles decida ir tomar um café (o que, sendo sincero, é também uma boa decisão), esse tipo de comportamento pode consumir até 30% dos benefícios trazidos pela IA.