
Marcelo Souza, VP de vendas da Databricks na América Latina. Foto: Divulgação.
A Databricks, uma das empresas mais quentes no nicho de dados e inteligência artificial, acaba de anunciar a abertura de uma filial em São Paulo.
A empresa seguiu o figurino esperado de um grande player no setor corporativo, abrindo o escritório na badalada avenida Brigadeiro Faria Lima, novo epicentro dos negócios na cidade (e lar de uma série de clientes potenciais).
Em nota, a empresa revelou que já atende clientes de peso no país como iFood, Piay e Bradesco (mais sobre o case do banco no final da matéria).
Os cases dos clientes brasileiros vão ser parte da programação do Data + AI Summit, marcado para o dia 29 de agosto, no igualmente badalado Tivoli Mofarrej, com direito à presença do cofundador da Databricks, Arsalan Tavakoli.
(Também devem palestrar líderes do Santander Brasil, que não foi listado entre os clientes).
“O novo escritório é um grande marco para nossa presença na região, e estamos animados para ampliar a equipe local e trabalhar próximos aos clientes em toda a região para ajudá-los a otimizar suas operações de negócios e fomentar a inovação por meio de dados e IA”, afirma o VP de vendas da companhia na América Latina, Marcelo Souza.
Souza fica baseado na Flórida e foi contratado em fevereiro de 2020. Um dado interessante é que ele trabalhou oito anos na concorrente Splunk, incluindo um período curto como country manager no Brasil.
A Databricks divulgou também que vai dobrar o time no país até o final do ano, sem no entanto informar quantos funcionários tem hoje, o que é engraçado para uma empresa que trabalha com claridade de informação.
De qualquer forma, a reportagem do Baguete deu uma conferida no Linkedin e viu que a Databricks tem 81 funcionários listados no Brasil, o que é um número respeitável para uma empresa que acaba de chegar.
A equipe local em expansão se concentrará no desenvolvimento de negócios, field engineering, professional services e marketing.
Olhando os perfis no LinkedIn, é possível ver que a Databricks já tem profissionais no Brasil desde pelo menos 2020, quando contratou Leonel Silva e Leandro Lima, que também trabalhavam na Splunk e atuam desde então focados na indústria financeira com cargos de diretor.
Em março, a Databricks já tinha divulgado a contratação de Flavio Valiati, ex-executivo de contas e head de educação do Brasil do Zoom, como novo head de vendas da América Latina na empresa, baseado em São Paulo.
Outra contratação recente mais chamativa foi a de Marco Garcia, ex-head de dados do banco BV, no cargo de arquiteto sênior de soluções.
A Databricks também formou um time de executivos de contas, com nomes como Rodolpho Marcelino, um profissional com 23 anos na SAS; Flavio Siqueira, ex-executivo de vendas para grandes contas de nuvem da Oracle; Renan Valente e Rafael Giusepin Valle, dois ex-AWS; Stefanie Zanoto Casanova, ex-Salesforce; Eduardo Bevilaqua, ex-Cloudera e Anna Melo, ex-Docusign.
No geral, o time de vendas tem cerca de 10 anos de experiência, acumulando agem por todas as grandes empresas de software corporativo, incluindo, além das já citadas, nomes como VMware, IBM, Dell e SAP.
A Databricks chega no Brasil como uma empresa consolidada, com 20 escritórios e 5,5 mil funcionários ao redor do mundo, e clientes como Adobe, Atlassian, Condé Nast e Shell.
Em junho a empresa anunciou US$ 1 bilhão em receita em seu último ano fiscal, crescimento superior a 60% em comparação com o período diretamente anterior.
(Apesar dos resultados positivos, a Databricks segue atrás da sua principal competidora, a Snowflake, companhia quente no nicho de data cloud, que também abriu uma subsidiária no Brasil em 2022).
BRADESCO
No Bradesco, a plataforma Databricks Lakehouse permitiu entregar produtos de dados para vários workloads de negócios com consistência e um time-to-market notável em Open Finance.
Com mais de 180 casos de uso de analytics e IA na ferramenta da Databricks, o banco reduziu o tempo de desenvolvimento de novos aplicativos de dois dias para menos de duas horas.