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Paulo Sergio Gouveia. Foto: Baguete.
A EMS, companhia nacional do segmento farmacêutico com grande atuação no mercado de genéricos, está adotando módulos de gestão de conteúdos (ECM) e processos de negócios (BPM) da IBM para modernizar o seu controle de registro de medicamentos.
O projeto foi realizado com a consultoria da portoalegrense ViaFlow, realizando a implementação das aplicações em um ambiente de cloud pública da Amazon Web Services. Atualmente a iniciativa está em sua primeira fase e o projeto completo deve ser finalizado em 2016.
Segundo o CIO da EMS/Grupo NC, Paulo Sergio Gouveia, o projeto era uma demanda importante para a companhia, que conta com seis diferentes marcas no mercado - debaixo da marca Grupo NC - e um faturamento anual na casa dos R$ 6 bilhões.
"Era necessária uma maior agilidade em nosso fluxo de registros junto à Anvisa, assim como um acompanhamento otimizado das alterações pós-registro", detalhou o executivo.
Conforme explicou Gouveia, para cada medicamento novo produzido pela empresa, é necessário submeter extensivas documentações para a agência reguladora do governo. Além disso, qualquer alteração na fórmula de um produto exige este processo.
Para ter uma ideia, a EMS e suas marcas irmãs Germed, Legrand, Novamed, M e Natures estimam fechar 2015 com um total de 1 bilhão de unidades produzidas em suas plantas.
De acordo com o CIO, a documentação de cada um de seus produtos fica em torno de 8 mil páginas, o que cria um volume de dados difícil de ter controle sem uma ferramenta mais inteligente.
"Cada ida e vinda desta documentação envolve diversos setores dentro da companhia. Também optamos pelas soluções como uma maneira de integrar os setores no conhecimento deste fluxo de conteúdo. Antes não tínhamos este ponto focal de visualização do processo", explicou o executivo.
A decisão por uma arquitetura IBM serve também para se relacionar com o ERP da companhia, que utiliza o SAP R3 em sua parte istrativa. Segundo Gouveia, as plataformas da Big Blue se integram facilmente ao ambiente de gestão da EMS.
"Além de rapidez, buscamos criar um desenho operacional mais 'clean', compreensível para diferentes setores e com a capacidade de interação e resposta rápida entre eles", afirmou o CIO.
Para o executivo, a decisão por um ambiente de nuvem também colabora neste propósito, melhorando o tempo de resposta entre setores e unidades para controle e rastreamento de registros.
"Se, por exemplo, a empresa decidir por produzir determinado produto na nossa filial em Manaus, teremos um ganho exponencial de rapidez. Processos que poderiam levar semanas ou meses poderão ser concluídos em dias", destacou Gouveia.
Atualmente a EMS possui unidades fabris em Hortolândia (matriz), Manaus, Jaguariúna, São Bernardo do Campo, contando com cerca de 6 mil funcionários. Até o final do ano a empresa deverá abrir uma nova fábrica em Brasília.
Para o CIO, a decisão por sediar as soluções em uma nuvem pública - uma dúvida recorrente de muitos CIOs - não é um problema, mesmo se tratando de informações sensíveis como a do segmento de saúde.
"O nível de segurança na nuvem não é assim tão diferente de ter estes dados guardados dentro de casa. Tudo depende de qual e como as aplicações são utilizadas, usando o grau correto de proteção", disparou o executivo.
Com uma extensa experiência de mercado, Gouveia sabe do que fala. Com agens pela liderança de TI em empresas como KLM e Rodobens, ele foi eleito pela Computerworld Brasil o CIO Destaque de 2014 no segmento saúde por seu trabalho na EMS.