
Gustavo Werneck da Cunha.
Gustavo Werneck da Cunha, atual diretor executivo da operação Brasil da Gerdau, assume no começo do ano que vem o cargo de CEO da Gerdau.
O executivo entrou na siderúrgica em 2004, tendo ado por uma série de cargos, desde então, incluindo um período de sete meses como CIO global da empresa, entre 2015 e 2016.
Em um movimento que surpreendeu o mercado, a família Gerdau Johannpeter está deixando os cargos que mantinha no topo da empresa.
O CEO André Bier Gerdau Johannpeter e os vice-presidentes executivos Claudio Johannpeter e Guilherme Chagas Gerdau Johannpeter estão todos de saída para os conselhos de istração da Gerdau, dos quais já fazem parte.
Em nota, a Gerdau disse que os membros da família “buscarão ainda mais foco na definição das estratégias de médio e longo prazos”.
O texto afirma ainda que os próximos quatro meses serão dedicados à transição da nova governança e a “definições subsequentes nas funções e processos executivos da empresa”, o que sinaliza que a Gerdau pode estar apenas no começo de um longo processo.
Esse tipo de mudanças não é frequente. André Gerdau Johannpeter assumiu a presidência em 2006, no lugar do pai, Jorge Gerdau Johannpeter, à frente dos negócios desde 1983.
É difícil saber o que o comando de Werneck significará para a área de TI da Gerdau.
Depois da saída de Werneck, a TI da Gerdau foi assumida pela então diretora de suprimentos, Cláudia Piunti, que ou a desempenhar as duas funções.
Desde então, suprimentos deixou de ser uma área global e Cláudia está somente na TI.
Durante sua gestão, Werneck iniciou e Cláudia deu continuidade a um grande enxugamento, com a demissão de dezenas de profissionais da TI da siderúrgica (140, segundo uma apuração do Baguete não confirmada pela Gerdau).
A movimentação incluiu também mudanças em fornecedores, com a troca da CA pela ServiceNow na área de software de atendimento e da Wipro no e.
Ao mesmo tempo, a empresa ou a dar maior ênfase a métodos ágeis e outras tendências em alta de inovação, tanto para a área de TI como para a organização como um todo.
As medidas aconteceram num contexto de demanda por aço em baixa devido à crise econômica.
A siderúrgica teve prejuízo líquido de R$ 2,89 bilhões em 2016, o que já foi uma redução de 37,2% frente os números ainda piores de 2015.
Só no ano ado, a empresa cortou 13% dos seus custos, para R$ 34,19 bilhões.