
Fiat decidiu apostar no seu "DNA italiano". Foto: Depositphotos.
Henry Ford famosamente disse que um cliente poderia ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto.
Na época, a Ford estava introduzindo o princípio revolucionário da linha de montagem, uma forma de produção que derrubava os custos, ao mesmo tempo em que limitava as possibilidades de customização.
Quase um século depois, a Fiat resolveu inverter a máxima fordiana: os clientes podem comprar um carro da cor que quiserem, com tal que ele NÃO SEJA prata ou cinza.
A nova política da montadora italiana, por enquanto válida só na Europa, não tem a ver com limitações do sistema de produção. Trata-se de uma jogada de marketing.
No mundo inteiro, inclusive no Brasil, prata e cinza estão entre as cores favoritas dos compradores de carros (junto com branco e preto, que a Fiat seguirá oferecendo).
A ideia da Fiat é se diferenciar, colocando nas ruas carros com cores chamativas, que representariam o “DNA italiano” da marca.
“Decidimos parar a produção de carros da Fiat cinza. Isso é desafiador e disruptivo. A Itália é o país das cores e, a partir de hoje, os carros da Fiat também”, disse o CEO da Fiat, Olivier Francois, em comunicado nesta semana.
A nova paleta de cores tem todo um toque italiano, com nomes como Gelato white, Sicilia orange, Paprika orange, ione red, Italia blue, Venezia blue e Rugiada green e Cinema black.
A tradicional montadora italiana fez o anúncio com uma campanha gravada na cidade de Lerici, na Riviera Italiana, em que mergulha um modelo 600e elétrico de cor prata em um tanque com tinta laranja, para simbolizar a nova estratégia de marketing.