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Miguel Garcia Junior, líder do escritório de infraestrutura e operações de TI da Fundação Unisul. Foto: divulgação.
A Fundação Unisul, antiga mantenedora da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), está migrando da infraestrutura on-premise para a nuvem da Oracle Cloud Infrastructure (OCI) em projeto conduzido pela Octafy, integradora gaúcha da marca.
Recentemente, a universidade ou a integrar a Ânima Educação e, em janeiro de 2021, houve a separação das duas entidades. Assim, a Fundação ficou com um negócio próprio, que inclui um colégio, uma estrutura de televisão, gestão de imóveis e projetos externos.
Com a divisão, o data center utilizado fica com a universidade, enquanto a Fundação optou por migrar todos os seus serviços e servidores para a nuvem.
“A Fundação está começando com uma estrutura enxuta, menor. Não fazia sentido manter um data center ou criar um novo data center para essa estrutura, então estamos pegando o que tem dentro desse data center hoje e migrando para a nuvem”, explica Miguel Garcia Junior, líder do escritório de infraestrutura e operações de TI da Fundação Unisul.
Segundo o profissional, a ideia foi utilizar uma infraestrutura que não necessitasse de muito investimento em um primeiro momento, além de ser flexível, econômica e escalável para a expansão dos negócios.
O processo de pedido de proposta (RFP, na sigla em inglês), começou totalmente on-line no início do ano, com propostas da Oracle, AWS, Microsoft, Google e uma empresa de data center. A Oracle e a AWS foram as finalistas, mas a fundação acabou escolhendo a primeira.
“Tanto a Oracle quanto a AWS ficaram muito bem ranqueadas, mas nós vimos que seria melhor, podemos até dizer menos traumático, ir para a Oracle pelo fato da nossa base de dados ser toda Oracle. Com isso, a gente teria menos problemas tanto na migração quanto também no licenciamento, além de ficar financeiramente melhor”, conta Garcia.
Por sugestão da Oracle, a Fundação chegou à Octafy.
“A empresa nos ou a confiança necessária para fazer o processo, mostrou o portfólio que eles têm de clientes e os profissionais certificados, o que nos deu segurança para contratar essa parte de migração com eles”, destaca o líder.
A migração começou no dia primeiro de agosto com a abordagem conhecida como Lift and Shift, na qual as aplicações são “elevadas” do data center e “deslocadas” para a nuvem sofrendo o mínimo ou nenhuma alteração.
Nessa primeira parte do projeto, a empresa está migrando as aplicações e, em seguida, vai migrar a base de dados, o que deve levar entre dois e quatro meses no total.
No segundo momento, será realizado o processo de adequação dos ambientes e servidores à nuvem, verificando de que forma é possível otimizar eles para serem melhor utilizados na nova infraestrutura.
“É olhar para o ambiente, ver como os serviços estão rodando e otimizar eles de uma melhor forma para que a gente possa agregar mais valor no sentido de usar mais recursos da nuvem, diminuindo também o custo dos serviços utilizados”, explica Garcia.
Esta etapa deve levar entre dois e três meses, mas isso vai depender da Fundação continuar com os serviços do jeito que estão ou modificar algum deles.
“A gente vai fazer toda uma revisão nesses meses após a migração para ver se realmente está lá o que a gente migrou, se o serviço vai continuar do jeito que está ou se vamos reescrever ele do zero. No caso de reescrever, ele já nasce com os princípios de utilização da nuvem”, explica.
Com o projeto, a expectativa da Fundação é poder crescer na medida do necessário sem precisar de um processo moroso de aquisição de hardware e outros itens.
“A gente vê que essa migração para nuvem é um caminho sem volta, no sentido de que vai facilitar muito mais o provisionamento de qualquer tipo de serviço que a Fundação necessitar. Haverá muito mais agilidade e muito mais comodidade na istração dos ambientes”, destaca Garcia.
Hoje a Fundação conta com cinco pessoas na área de tecnologia. Além de Garcia, responsável pela área de infraestrutura, a organização conta com a CIO Tatiane Leal e mais três pessoas da parte de desenvolvimento e processos.
A Fundação Unisul e a universidade têm origem em 1964 na cidade de Tubarão, no sul de Santa Catarina. Seu nome atual ou a valer em 1989.
Com sede em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, a Octafy foi fundada em 2017 por Everton Dias e Rafael Rech, dois ex-executivos da Oracle.
A empresa se tornou parceira Gold da Oracle, especialmente com as ofertas de DBAaaS (DBA-as-a-Service), consultoria, venda de produtos e computação em nuvem.
Presente no Brasil há 33 anos, a Oracle tem 30 regiões de nuvem no mundo. Deste total, 23 são comerciais e sete, governamentais, sem contar as diversas regiões dedicadas aos serviços de inteligência dos Estados Unidos.
Hoje, aproximadamente 70% da receita da Oracle no Brasil já vem do mundo cloud. No portfólio da companhia, estão nomes como SKY, TIM e Sky.One.