
Ricardo Estevam. Foto: divulgação
A Gett, blumenauense que está no mercado há cinco anos com o CMX, solução para geração e emissão de NF-e de importação, anuncia uma guinada para dar um salto nos negócios, ancorada no lançamento de um novo sistema ERP.
A mudança vem com o abandono do CMX e lançamento do Smarter, ERP modular, hospedado na nuvem da AWS, que promete atender ao setor de comércio exterior de ponta a ponta.
“Fizemos um produto totalmente novo. Nada foi aproveitado do CMX”, comenta Ricardo Estevam, diretor da companhia catarinense.
A companhia, que não divulga faturamento, tem crescido a uma média de 100% ao ano, mas em 2013 já se expandiu 65% no primeiro semestre e mira mais 100% para o segundo, em relação ao período anterior.
Com o software, a meta é aumentar dos atuais 140 para 200 o número de clientes da companhia este ano, o que já está perto de acontecer: segundo o executivo, 35 contratos já foram fechados.
O sistema é vendido em modelo pay as you go, cobrando pelo número de processos de importação feitos pelo cliente no mês.
Formato que torna a solução mais ível, o que desponta como um diferencial já que dados do MDIC apontam quem as micro e pequenas empresas tiveram fatia de 74% entre as exportadoras do Brasil no ano ado.
Só em Santa Catarina, as MPEs foram 72% do total de empresas que exportaram em 2012.
A oferta que permite o a este mercado também é vista como vantagem pela empresa de Blumenau para fazer frente a concorrentes do setor de comércio exterior como, por exemplo, a Softway, paulista de TI para comércio exterior que já anunciou planos de mais que dobrar de tamanho até 2015, faturando R$ 130 milhões.
Estevam também explica que a solução da Softway é um recurso que pode ser adicionado aos ERPs de mercado, enquanto o Smarter é o próprio software de gestão – o que não impede que seja contratado em módulos e integrado a outros sistemas.
“Os módulos de negócio do Smarter, de importação, faturamento e exportação, podem ser acoplados a outros ERPs, como o SAP, Microsiga etc”, explica o diretor.
Características de um software criado por quem entende do negócio.
A Gett abriu as portas na incubadora do Instituto Gene e após um ano e meio de incubação, fechou o primeiro contrato em 2010, com o CMX, ando a atender exclusivamente empresas importadoras e distribuidoras de produtos importados.
“Começamos oferecendo uma solução para emissão rápida de NF-e, integrada com o Siscomex, que evitava o trabalho de digitação e cálculo de impostos. Hoje já contemplamos todas as áreas que uma trading precisa, do pedido de compra até a entrega dos arquivos fiscais”, finaliza Estevam.
Hoje, as importadoras, distribuidoras, exportadoras e despachantes aduaneiros que compõem a base de atendidos pela empresa somam mais de 20 mil declarações de importação processadas e mais de 60 mil horas de trabalho manual economizadas.
No geral, a carteira da empresa reúne nomes como Susci Metais, do Rio de Janeiro, Carina Despachos, de Santos, Mistura Sana, de Niterói, Zion Trade, de Maceió, Global Partners, de Brusque, Gett Trade, de Navegantes com filial em São Paulo, Welfare, de Blumenau e Overseas Trading, de Indaiatuba e Florianópolis, entre outros.