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Walter Rauen, presidente da Guerra.
Em tempos de discussão sobre o papel da TI nas organizações, a Guerra apresenta uma nova abordagem cautelosa do ponto de vista dos gastos, mas ousada do ponto de vista de disseminação do conhecimento.
A fabricante de implementos rodoviários com sede em Caxias do Sul, com receita líquida total de R$ 467,8 milhões em 2010, não tem um departamento de TI propriamente dito.
As iniciativas relacionadas à área são conduzidas dentro de um departamento de tecnologia e projetos, diretamente ligado ao presidente Walter Rauen, que esteve falando sobre sua visão sobre TI corporativa no Fórum de Tecnologia nos Negócios realizado pela Amcham em Porto Alegre nesta sexta-feira, 17.
“Todos os trainees que vão depois para as áreas que coordenam os processos da empresa am pelo departamento”, revela Rauen, destacando que o mesmo é composto por profissionais com background nas diversas tecnologias em uso na empresa e em gestão de projetos de maneira geral.
Com profissionais com conhecimento sobre tecnologia em diferentes partes da empresa, Rauen diz que eliminou o conceito do “time de TI fechado numa sala”, tomando as decisões sobre o tema em nível de diretoria e baseado em um critério rígido de retorno sobre investimento.
“Se um fornecedor de TI não mostra logo como o produto dele vai trazer retorno para o negócio eu perco interesse na apresentação em 15 minutos”, afirmou com bastante franqueza o executivo.
Além do foco em resultados operacionais, Rauen também define as prioridades de investimento em tecnologia da empresa numa estratégia conservadora.
Durante uma das suas intervenções no debate, o executivo revelou que abortou um projeto de migração para um sistema de CRM em nuvem ao saber que os dados ficariam hospedados nos Estados Unidos.
O que não quer dizer que a Guerra não invista em tecnologia. O foco é em melhorias nos sistemas da engenharia e na integração do sistema gestão com o chão de fábrica.
ERP, aliás, foi o destino de um grande investimento, com aquisição do Oracle Business Suíte versão 12, com implementação da Como, de Porto Alegre, cujo go live foi realizado no começo de 2011.
O sistema de gestão foi parte de um processo de profisionalização da companhia gaúcha, que em 2008 foi comprada pelo fundo de private equity Axxon Group, em um negócio estimado pela imprensa na época em R$ 300 milhões.