
José Renato Hopf. Foto: LinkedIn.
O empresário José Renato Hopf, fundador da Getnet, acaba de colocar no mercado a Raiô, uma startup da área de benefícios que deve competir com marcas como Alelo, Ticket, Pluxee e VR, as quais, juntas, detêm mais de 80% do setor.
“Estamos entrando em um mercado que já tem gigantes. É o que diziam para mim quando criei a Getnet. Mas é um mercado que tem muita carência na qualidade de serviços e vários gaps importantes”, disse Hopf ao NeoFeed.
A Raiô foi formalmente fundada em 2023, junto aos sócios Giovanni Santini, um italiano com mais de 30 anos de experiência, que atuou na Sodexo, e Matheus Bernardes, uma pessoa de confiança de Hopf na parte operacional.
Nos primeiros três meses deste ano, a startup começou a testar a tecnologia com alguns clientes. No segundo trimestre, foi ao mercado para ganhar os primeiros clientes. Agora, se lança oficialmente.
Até o momento, já são 300 clientes conquistados e a meta é chegar a mil CNPJs até o fim deste ano. O plano é atender desde empresas muito pequenas até grandes companhias em todo o Brasil.
Na prática, a Raiô tem um cartão com a bandeira Visa que reúne benefícios como alimentação e refeição, mobilidade, combustível, saúde, cultura e educação.
Só o mercado de alimentação e refeição, regulado pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), é estimado em R$ 150 bilhões e atende aproximadamente 25 milhões de pessoas. Hopf, no entanto, acredita que ele fique entre R$ 300 bilhões e R$ 400 bilhões.
A Raiô, cujo nome é uma referência a “quem acorda antes de o sol raiar”, já nasce com US$ 10 milhões investidos pela Provence Partners e pela Ventures.
“O Zé é um visionário em questão de negócios e execução. Esse é um negócio parecido com o das maquininhas: tem um oligopólio e é regulado. A execução vai colocá-los na frente dos competidores”, acredita Marcelo Mitre, sócio da Provence Partners.
Com a Raiô, Hopf retorna, pela primeira vez, ao comando de uma companhia como CEO. Desde que vendeu a Getnet, em 2014, esteve impedido de empreender por um bom tempo por conta de cláusulas de non-compete presentes no contrato.
Nesse meio tempo, o empresário atuou como investidor através da holding 4all, que reúne empresas como 4all, South Summit Brazil, Ground, uhuu! e Wine Locals.