
Problemas geopolíticos mexem no mercado de PCs. Foto: Depositphotos.
A HP quer transferir mais da metade da produção de PCs hoje feita na China para novas fábricas instaladas na Tailândia.
A revelação é do site japonês Nikkei. A medida visa reduzir os riscos geopolíticos pelo aumento da tensão entre a China e Taiwan, aponta o site.
Caso confirmada, essa seria a movimentação mais agressiva de uma grande fabricante de PCs americana até o momento.
Hoje a HP produz a maior parte dos seus PCs na China. Uma movimentação de metade da produção deve levar dois ou três anos, aponta a Nikkei.
No longo prazo, a ideia é que até 70% dos equipamentos sejam feitos fora da China.
Os fornecedores da empresa também estão envolvidos. Pelo menos cinco deles já estão construindo novas instalações na Tailândia.
Em paralelo, a HP está contratando 200 engenheiros e gerentes em Singapura, onde está sendo criada uma estrutura de backup para o centro de design hoje instalado em Taiwan.
Esse centro é responsável por projetar novos produtos e trabalhar com os fornecedores na cadeia de suprimentos.
A HP vendeu 52 milhões de PCs em 2023 e é a segunda maior fabricante, atrás apenas da chinesa Lenovo.
Desde a época da Covid, grandes fabricantes de hardware, como Dell e Apple, já vinham buscando maneiras de diminuir a dependência da produção na China.
A tensão do país com Taiwan e o aumento da guerra comercial com os Estados Unidos reforçaram a decisão.
Os Estados Unidos têm aumentado o controle de exportação de chips de alta capacidade para a China, um produto chave para construir PCs com funcionalidades de inteligência artificial, os quais são vistos como a salvação da lavoura de um mercado estagnado.