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Foto: Depositphotos
A inteligência artificial não irá substituir a maioria dos empregos, um temor difundido inclusive dentro da própria comunidade tecnológica desde que a inovação ganhou popularidade com o lançamento do ChatGPT, da OpenAI, em 2022.
É o que constatou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) através de um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial da instituição, que comparou os custos de funcionários humanos e inteligência artificial numa série de funções.
O foco foi em empregos nos quais a visão computacional, campo da IA que permite que máquinas reconheçam imagens de forma automática e as descrevam com precisão, era usada.
Um exemplo seria a profissão de avaliadores de propriedades.
Nessa linha, os pesquisadores compreenderam que, atualmente, dentre as 1 mil tarefas e os 800 cargos analisados, apenas 3% das tarefas poderiam ser automatizadas de forma econômica e 23% dos trabalhadores poderiam ser, de fato, substituídos.
Apesar do cenário atual positivo, segundo aponta a Bloomberg Línea, a expectativa é de que, até 2030, 40% das tarefas sejam automatizadas, caso os custos dos dados caiam e a precisão da função melhore.
Isso é uma condição, pois, atualmente os custos para instalar e operar a IA são muito altos. Por conta disso, até o momento, os humanos desempenham ainda um trabalho muito mais econômico para as empresas.
Dessa forma, o MIT afirma que, hoje, a relação custo-benefício da IA é mais favorável em setores como os de varejo, transporte e armazenamento, bem como na área de cuidados com a saúde.
Para que isso mude, também seria necessário que houvesse uma implementação mais agressiva da tecnologia através de ofertas de como serviço, tornando a implementação da IA mais viável.
RECEIOS
Ainda em março de 2023, os executivos do Vale do Silício pediram que laboratórios de inteligência artificial suspendessem por ao menos seis meses o desenvolvimento de novos sistemas superiores ao GPT-4, software mais recente do ChatGPT lançado no início do mês pela OpenAI.
A petição foi formalizada em uma carta aberta, publicada no dia 29. O documento possuía 1187 s e foi divulgado pela Future of Life, instituição financiada por Elon Musk, segundo aponta o Brazil Journal.
De acordo com os redatores do documento, estamos sob o risco de perder o controle da civilização diante das novas tecnologias de inteligência artificial e que, por isso, elas devem apenas ser desenvolvidas quando tivermos certeza de que seus efeitos serão positivos e seus riscos, gerenciáveis.
Apesar da preocupação, algumas empresas como o Duolingo já avançam pela substituição dos empregos.
No início deste ano, o aplicativo voltado ao ensino de idiomas, cortou ao menos 10% de seus fornecedores terceirizados para substituir os serviços prestados por inteligência artificial.
Segundo a Bloomberg, a medida foi tomada para acelerar a produção de conteúdos na plataforma.
“Simplesmente não precisamos mais de tantas pessoas para fazer o tipo de trabalho que alguns desses contratados faziam. Parte disso pode ser atribuída à inteligência artificial”, disse um porta-voz da companhia à publicação.