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Salesforce, Twitter, Meta e Google também fizeram demissões em massa recentemente (Foto: Depositphotos)
A IBM acaba de entrar para a longa lista de empresas de tecnologia que estão realizando cortes em massa em seus quadros de funcionários. A companhia anunciou que vai demitir 3,9 mil pessoas, cerca de 1,5% de sua força de trabalho global.
De acordo com o The New York Times, o anúncio foi feito em uma reunião sobre os resultados financeiros do quarto semestre de 2022.
A empresa não deixou claro o motivo dos cortes, nem deu mais detalhes sobre a distribuição geográfica ou quando eles serão realizados.
Segundo o jornal americano, as demissões seriam consequência da “venda de ativos realizada no início do ano ado, em oposição a fragilidades do negócio”.
No entanto, um porta-voz da IBM disse à AFP que "não é uma ação baseada nos resultados de 2022 ou nas expectativas para 2023".
No ano ado, a IBM vendeu dados de saúde e ativos de análise da Watson Health, unidade de negócios voltada a dados para médicos, pesquisadores e seguradoras, que agora é uma empresa independente chamada Merative.
Em 2021, a companhia já havia se separado da Kyndryl, spin off de unidade de gerenciamento de infraestrutura, como estratégia para “afiar o foco em nuvem híbrida e inteligência artificial, alavancar um portfólio focado em tecnologia e consultoria e alcançar objetivos de crescimento”.
Para pagar os custos das demissões, a IBM prometeu assumir um pagamento único de US$ 300 milhões no primeiro trimestre deste ano.
No último trimestre do ano ado, a gigante de tecnologia obteve lucro líquido de US$ 2,71 bilhões, alta de 16% no comparativo ano a ano. A receita no período chegou a US$ 16,7 bilhões, um aumento de 2,8%.
A área de software foi responsável por US$ 7,3 bilhões do faturamento do trimestre, enquanto o setor de infraestrutura gerou US$ 4,5 bilhões, crescendo 1,7% conforme o Money Times.
ONDA DE DEMISSÕES
O layoff acontece em meio a uma onda contínua de demissões entre companhias de tecnologia no cenário global.
Na última semana, o Google demitiu 12 mil colaboradores apenas dois dias após a Microsoft anunciar que iria demitir cerca de 10 mil funcionários até o final de março, quase 5% de uma força de trabalho global de 221 mil pessoas.
Recentemente, Christopher Hohn, criador do fundo de cobertura TCI Management, dono de US$ 6 bilhões em ações do Google, fez um apelo a Sundar Pichai, CEO da big tech e da Alphabet, para que o executivo demita mais 30 mil funcionários, em um corte de mais 20% do quadro de colaboradores.
No início deste ano, a Salesforce anunciou que irá demitir 7 mil funcionários, algo próximo de 10% da sua equipe global.
Em novembro de 2022, a Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, demitiu mais de 11 mil funcionários — o maior corte da sua história, reduzindo seu quadro de trabalhadores em 13%.
No mesmo mês, o Twitter, então recém comprado por Elon Musk, começou a fazer desligamentos na companhia — que poderiam chegar a mais de 50% dos 7,5 mil colaboradores.
A Amazon também fez um corte de equipe que atingiu cerca de 10 mil pessoas, quase 3% de sua força de trabalho.