PRAZOS

iFood e Loggi: todo mundo em casa até junho de 2021 5i2v6w

Unicórnios se comprometeram a manter os funcionários em casa por um período maior. 2o4e4b

09 de outubro de 2020 - 10:46
Não trabalhe assim, é ruim para a coluna. Foto: Pexels.

Não trabalhe assim, é ruim para a coluna. Foto: Pexels.

O iFood e o aplicativo de entregas Loggi, dois unicórnios brasileiros, decidiram continuar em home office até junho de 2021, se tornando as duas startups de tecnologia que se comprometeram por mais tempo a manter os funcionários em casa em função do coronavírus.

No caso do iFood, um dos maiores aplicativos de entrega de comida do país, a medida afeta 2,5 mil funcionários. A Loggi não abriu a quantidade de beneficiados.

O iFood abrirá as operações em Osasco, Campinas e Jundiaí, apenas como ponto de encontro dos colaboradores. A empresa considera a possibilidade de manter as coisas assim de maneira permanente no futuro.

Na Loggi também está em consideração uma reabertura da sede, conhecida como “Loggi Tower”, para as mesmas finalidades.

“Ainda estamos num momento de incerteza sobre a evolução da pandemia e é cedo para voltar”, resume Mônica Santos, vice-presidente de Pessoas da Loggi. 

Prorrogar o trabalho em casa também é uma maneira de ganhar pontos com os funcionários e atrair talentos.

“Queremos nos tornar a melhor empresa para trabalhar e referência em trabalho remoto no mundo e, assim, atrair ainda mais talentos para colaborar conosco”, explica Gustavo Vitti, VP de People, área de recursos humanos do iFood. 

A maioria das empresas que fizeram divulgações sobre o assunto se comprometeram a manter o home office até o final de 2020.

A lista inclui desde grandes empresas, como a CI&T, empresa de desenvolvimento de software com 2,3 mil funcionários; médias, como a Zenvia, companhia gaúcha de plataforma de comunicação e serviços móveis com 270 funcionários, além de uma grande quantidade de startups.

A AMcom, empresa de desenvolvimento de software sediada em Blumenau, avisou que vai manter 300 funcionários em home office até que esteja disponível uma vacina para o Covid-19.

Algumas empresas inclusive estão aproveitando a deixa para fazer migrações permanentes para o home office.

Em termos percentuais, a mais ambiciosa entre elas é a BRQ, uma das maiores empresas de serviços de TI do país, vai transformar o home office na regra para os seus mais de 2,5 mil funcionários. 

Já a Stefanini divulgou um plano percentualmente menor, mas que envolve mais funcionários: a meta que metade do time trabalhe em home office num prazo de 12 a 18 meses, sendo 60% dessa equipe de maneira permanente e outros 40% de maneira parcial.

É uma mudança enorme para uma empresa que tem 25 mil funcionários (14 mil no Brasil) e tinha antes da crise uma prática mínima de home office, limitada a 120 profissionais na Europa.

As divulgações podem não ser tão representativas da movimentação geral do mercado, no entanto.

Isso porque as empresas privadas que divulgam a prorrogação do seu home office ou mesmo uma migração para o modelo fazem questão de enviar notas divulgando a ação, que mostra adesão às novas tendências, capacidade de adaptação ao “novo normal” e por último, preocupação com a saúde dos funcionários.

(Os anúncios nem sempre significam uma decisão altamente embasada: em um caso, uma companhia de médio porte divulgou que estava migrando para o home office, para depois dizer que já não estava mais).

Dos que estão voltando, menos decidem divulgar o movimento e, quando o fazem, frisam a precaução com que estão tomando a medida, para não criar uma imagem de pouca preocupação pelos funcionários.

A Infosys, por exemplo, decidiu voltar com 25% da equipe, uma cifra que pode ser ampliada no futuro.

NO GERAL

O número de pessoas ocupadas trabalhando de casa está caindo desde a segunda semana de julho.

Foi quando o IBGE registrou uma queda de 7,8% na comparação com a primeira semana do mês.

O número ou de 8,9 milhões para 8,2 milhões, com um total de 700 mil pessoas voltando para os seus escritórios. 

Foi a primeira queda registrada no número desde maio, quando a pandemia chegou com força no Brasil e o IBGE começou a coletar números.

No final de julho, a KPMG divulgou uma pesquisa com 700 empresários apontando que 21% pretendiam retornar ao trabalho nos escritórios (o que poderia ser chamado de “velho normal”) ainda em agosto.

A maior parte (35%) projetava a volta entre setembro e dezembro deste ano. Só 9,4% falavam de voltar em 2021.

Convém não exagerar a importância do assunto, de qualquer forma.  Apesar da bolha nas redes sociais dos leitores do Baguete provavelmente mostrar todo mundo trabalhando em casa, o home office é uma realidade para poucos.

De acordo com o IBGE, a população ocupada no Brasil é estimada em 81,1 milhões, e os trabalhadores em home office representam 11,6%.

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