
Aplicativo do iFood deve sair do ar em 21 de novembro na Colômbia. Foto: Divulgação
O iFood, aplicativo de entregas líder na América Latina, anunciou na última sexta-feira, 21, o encerramento da sua operação na Colômbia, país que era a principal aposta da startup para crescer internacionalmente.
A saída tem o complicador adicional de que a Colômbia é sede da Rappi, startup de entregas sob demanda e principal concorrente do iFood na área de delivery.
Segundo o Estadão, a startup já demitiu cerca de 210 funcionários que trabalhavam na operação colombiana e seu aplicativo deve sair do ar em 21 de novembro.
Em nota, o iFood explica que o motivo para a saída do país é “uma estratégia do negócio em função do mercado de capitais” e que a empresa seguirá investindo no Brasil, "onde nasceu e é líder”.
“Durante o processo de encerramento das operações na Colômbia, o iFood oferecerá e e informações a todos clientes, entregadores e restaurantes, atendendo a eventuais demandas e dúvidas da melhor maneira possível”, afirmou a startup.
O iFood estava na Colômbia desde 2015 e em 2020 comprou a Domicilios.com, empresa colombiana de delivery de comida. Assim, conforme o Estadão, a startup possuía 12 mil restaurantes em 30 cidades do país, cerca de 40% do mercado local.
Em 2020, o iFood também encerrou sua operação no México, onde estava desde 2016. Atualmente, o iFood atua somente no Brasil.
Fundado em 2011, o iFood registra mais de 70 milhões de pedidos por mês e possui mais de 330 mil restaurantes cadastrados na plataforma, com presença em 1,7 mil cidades e 220 mil entregadores em sua base.
Recentemente, o Prosus, conglomerado multinacional holandês que é a divisão internacional de ativos de Internet da multinacional sul-africana Naspers, anunciou a aquisição de 33,3% do iFood por € 1,5 bilhão (cerca de R$ 7,8 bilhões).
A operação avaliou o Ifood em algo entre € 4,5 bilhões e € 5,4 bilhões (cerca de R$ 27,30 bilhões).