
Lockheed Martin fabrica jatos militares, entre outras coisas. Foto: Pixabay.
A IFS, multinacional sueca de software de gestão, acaba de fechar um grande contrato com a Lockheed Martin.
A gigante americana de defesa comprou 2,6 mil licenças de usuários dos produtos de gestão da cadeia de suprimentos, gerenciamento de armazenamento, compras e outras funcionalidades da IFS.
Elas serão usadas para atender um contrato de sete anos e US$ 3,5 bilhões da Lockheed Martin com o exército americano, que envolve nada menos que 300 mil auxiliares de treinamento.
O IFS Applications será usado para garantir que materiais, peças e recursos estejam disponíveis para manutenção dos ativos vendidos.
Como parte de uma fase subsequente, a IFS fornecerá recursos de agendamento para os técnicos de campo que prestam serviços com os ativos.
O mercado de defesa aeroespacial é um dos pontos fortes da IFS, que foi nomeada fornecedora número um de software de gestão de ativos empresariais (EAM, na sigla em inglês) para o setor por 10 anos consecutivos pela ARC Advisory Group.
“Como líder reconhecido em software para defesa aeroespacial, o IFS Applications fornecerá funcionalidades em logística e supply chain para apoiar este contrato”, disse Scott Helmer, presidente da Unidade de Negócios de Defesa Aeroespacial da IFS.
A empresa tem uma presença sólida no Brasil. A gaúcha Portosys, uma companhia fundada por ex-funcionários da IFS em 2001, atua como fábrica de software e atende 50 clientes da empresa, inclusive com projetos fora do país.
Em 2011, a IFS comprou a Latin IFS, que era a distribuidora exclusiva para o mercado latino americano, ando a ter uma presença direta por aqui. O comando da nova operação seguiu com Lávio Falcão, executivo brasileiro que está na companhia desde o começo dos anos 2000.
A IFS fechou o ano ado com um faturamento de 379 milhões de euros, uma alta de 15% frente aos resultados do ano anterior. É uma receita pequena frente aos grandes players do sistemas de gestão, mas os suecos tem pontos a seu favor.
A empresa é forte em segmentos como aviação, energia, óleo e gás e manufatura complexa nas quais os clientes lidam com ativos que precisam ser gerenciados por longos períodos de tempo.
É aí que faz diferença a oferta dos seus sistemas de gestão somados a linhas de software de gerenciamento de ativos (EAM) e gestão de serviços (ESM), que permitem a esse tipo de clientes istrar seus negócios de maneira diferente do que fariam com base nas soluções de gestão da concorrência.
Além disso, a companhia fez três aquisições em 2017, reforçando seu posicionamento em áreas chave e entrando em alguns mercados novos.