
Jair Bolsonaro com Marcos Pontes. Foto: Divulgação.
Marcos Pontes, militar aposentado da Aeronáutica e astronauta, deverá ser o novo ministro da Ciência e Tecnologia do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
O nome de Pontes foi um dos quatro citados por Bolsonaro após o seu discurso da vitória, neste domingo, 28.
Bolsonaro falou que “está quase certo” que Pontes fará parte do governo.
Em vídeo postado nas suas redes sociais, Pontes diz que comemorou o resultado das eleições na casa do presidente eleito e que está muito feliz com o convite. "Agora só falta o anúncio oficial", disse.
O convite e o anúncio devem vir. O nome de Pontes foi mencionado pelo então candidato Bolsonaro há alguns meses, como parte da “cota militar” do novo governo.
Além de Pontes, Bolsonaro anunciou Onyx Lorenzoni para a Casa Civil, Paulo Guedes o ministro da Fazenda e o general Augusto Heleno para a Defesa.
Durante 40 anos de carreira, Pontes foi aviador, piloto de caça e seguiu carreira militar, chegando ao posto de tenente-coronel.
Pontes ficou conhecido no Brasil e no mundo como o primeiro e único astronauta brasileiro, voando em uma missão com destino à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
"Como sempre digo, educação para formar cidadãos qualificados; ciência, para desenvolver ideias e soluções específicas para o Brasil; tecnologia, para transformar essas ideias em inovações, que vão se transformar em novos produtos. Estes vão se transformar em novas empresas, que vão gerar novos empregos. Esse ciclo virtuoso é o que a gente quer criar aqui no Brasil", afirma Pontes no vídeo.
O Ministério da Ciência e Tecnologia não costuma figurar entre os primeiros a serem fechados na formação de um novo governo. Mesmo assim, o cargo geralmente é ocupados por políticos, sem maior relação com o universo de pesquisa do país.
Um exemplo típico é o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que assumiu o cargo no governo Michel Temer (PMDB).
Durante o governo Dilma Rousseff (PT), o cargo foi ocupado por Clelio Campolina Diniz, ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais.
Em um movimento típico, ele saiu para dar lugar a Aldo Rebelo, ex-ministro dos Esportes, durante uma reacomodação da base aliada.