
Sede do Serpro.
No apagar das luzes do governo Michel Temer, o Ministério do Planejamento promoveu uma reviravolta na sua política de gastos com o Serpro, estatal federal de processamento de dados, fechando um grande pacote de contratação de serviços.
O novo contrato com o Serpro é de R$ 336 milhões, vale até setembro de 2020 e foi publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 10.
A novidade é uma reviravolta frente à estratégia anunciada em novembro de 2017, quando o Ministério disse que iria cortar os gastos com o Serpro em 20%, de R$ 258 milhões para R$ 208 milhões.
Os cortes deveriam ter sido feitos até setembro desde ano e afetavam principalmente a área de desenvolvimento, na qual seriam reduzidos em 30% o total de pontos de função.
Não ficou claro na época se o Ministério do Planejamento ia contratar outro fornecedor, internalizar o desenvolvimento ou simplesmente paralisar projetos.
Entre o anúncio do ano ado e o de hoje o Ministério do Planejamento trocou de comando. Tanto o ministro que saiu, Dyogo Henrique de Oliveira, como o que entrou Esteves Colnago, são quadros técnicos do governo.
A justificativa para o novo contrato dada pelo Ministério do Planejamento, foi que a pasta necessita dos "serviços estratégicos, que consistem na manutenção de ambiente de sistemas, nuvem, desenvolvimento e manutenção de sistemas, apoio à infraestrutura, consultoria técnica, entre outros serviços técnicos".
A mudança acontece há dois meses e meio do fim do governo Temer e promete dar um pouco mais de fôlego para o Serpro na entrada da nova istração.