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Itaú fecha acordo com Omie 6z245

Startup de software de gestão é a primeira parceira do Itaú Meu Negócio. 3w1r3r

14 de junho de 2021 - 12:16
Marcelo Lombardo, CEO da Omie. Foto: Divulgação/Omie.

Marcelo Lombardo, CEO da Omie. Foto: Divulgação/Omie.

O Itaú, o maior banco do Brasil, criou uma divisão para oferecer produtos não financeiros para pequenas e médias empresas por meio das parcerias, a primeira delas assinada com a Omie, um player brasileiro de software de gestão na nuvem.

Pelo acordo, o portfólio da Omie será ofertado a 1,5 milhão de potenciais clientes que possuem algum relacionamento com o Itaú. 

A Omie também vai abrir a sua base de 65 mil clientes para o Itaú. Do total, 22,5% já são correntistas do banco, o que torna a parceria um atrativo de fidelização a mais.

O foco inicial do Itaú Meu Negócio, como é chamada a nova divisão do banco, será uma base de 8 mil clientes, com faturamento de até R$ 40 milhões por ano. O piloto deve durar dois meses, segundo revela o Neofeed.

"Buscamos a melhor solução do mercado e encontramos a Omie, que oferece uma ferramenta simples, intuitiva e muito poderosa de gestão. Com ela, nossos clientes terão mais tempo para focar no que realmente importa, o crescimento dos seus negócios”, explica Carlos Eduardo Peyser, diretor do Itaú Unibanco.

O acordo não é exclusivo, e o Itaú poderá costurar acordos com outros fornecedores de softwares de gestão, assim como a Omie poderá trabalhar com outros players do setor financeiro. A empresa já tem uma conta digital, em parceria com o LetsBank, banco digital do Voiter.

O Itaú Meu Negócio terá ofertas gratuitas e pagas, incluindo opções no modelo freemium e alternativas subsidiadas, em parte ou totalmente, pelo Itaú Unibanco.

Fundada em 2013, a Omie já levantou R$ 100 milhões com investidores como Astella Investimentos e Riverwood Capital, disputando o posto de player mais promissor de sistema de gestão na nuvem com a ContaAzul.

No último ano, a empresa vem tentando um reposicionamento no mercado, dentro do qual o acordo com o Itaú é uma certa volta atrás.

Em abril de 2020, a Omie anunciou uma mudança de curso, visando ampliar o escopo, até então focado em pequenas empresas, e ser competitiva também em clientes maiores, com faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 200 milhões ao ano. 

A promessa era competir com o que a Omie chamou de “dinossauros”: players consolidados no mercado de ERP, como Totvs e SAP.

O anúncio, feito em meio aos dias mais confusos da pandemia do coronavírus, envolveu também a demissão de 134 funcionários, cerca de um terço do total.

"A parceria com o Itaú será importante para acelerarmos nossa escala e termos a chance de ajudar ainda mais empresas", afirma Marcelo Lombardo, CEO da Omie.

Lombardo é um executivo experiente no segmento de ERP. Nos anos 90, ele criou a NewAge Software, uma empresa de software de gestão vendida para a Toutatis Global em 2013.

Com o acordo com o Itaú, a Omie está numa posição ideal para voltar a ganhar espaço no mercado no qual iniciou, surfando na onda da convergência crescente entre serviços financeiros e o mundo de software de gestão empresarial.

Nos últimos anos, com a ascensão no país de grandes players digitais de serviços financeiros, as chamadas fintechs, muitas empresas de software estão se dando conta de que têm a possibilidade de ganhar dinheiro com os dados e as relações construídas dentro dos seus sistemas.

Um dos casos mais óbvios é o da Totvs, que gastou R$ 455,2 milhões, uma das maiores compras na sua história, para levar a Supplier, uma empresa especializada em intermediação de operações de crédito entre clientes e fornecedores.

A ideia é justamente integrar essa oferta dentro dos seus sistemas de gestão. A Supplier tem uma forte presença nas cadeias de manufatura e distribuição, nas quais a Totvs tem uma base importante de clientes.

A Linx, outra grande empresa de software de gestão, vinha desenvolvendo uma abordagem similar, até ser comprada pela pela Stone por R$ 6,8 bilhões, um negócio sem precedentes no mercado de tecnologia brasileiro. 

A justificativa é a mesma da compra da Totvs, e do acordo entre Omie e Itaú:  a possibilidade de lucro com a sinergia entre software e serviços financeiros.

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