
Juliette Freire, ganhadora do BBB 21, e Giovanni M. Cardoso, co-fundador da Mondial. Foto: Divulgação
A Mondial, uma das maiores marcas de eletrodomésticos portáteis do Brasil, contratou Juliette Freire, ganhadora do Big Brother em 2021, para assumir a posição de Head de Inovação para a linha de cuidados pessoais.
Segundo a empresa afirma em nota, Freire terá o papel de contribuir no desenvolvimento de novos produtos que integram a categoria de cuidados pessoais, que está estimada para crescer 46% em 2022.
A ex-BBB tem alguma experiência na área: ela trabalhou como maquiadora enquanto estudava Direito na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
“Considero que representar os consumidores é também uma forma de retribuir o carinho e a confiança que o Brasil inteiro depositou em mim. Confesso que estou adorando e cheia de ideias!”, comenta Freire, que esteve na sede da empresa nesta segunda-feira, 14, participando de algumas reuniões.
A aproximação com Freire também tem uma dimensão publicitária. Ela deve figurar em campanhas de marketing ao lado de Rodrigo Hilbert, apresentador, ator e ex-modelo.
Juliette Freire é muito popular, com 33,4 milhões de seguidores no Instagram e um dos maiores engajamentos na rede social (Ivete Sangalo, que é famosa há anos, tem 33,9 milhões).
Ela venceu o BBB 21 com 90,15% dos votos e, depois de sair da casa, se tornou embaixadora de marcas como Avon, Americanas, Globo Play e L’Occitane au Brésil, além de lançar uma coleção com a C&A.
De acordo com o jornalista Leo Dias, colunista do portal Metrópoles, só o contrato da ex-BBB com a C&A é de R$ 5 milhões, mais do que o dobro do que Freire ganhou no Big Brother.
Fundada em 2000, a Mondial possui complexos industriais em Conceição do Jacuípe, na Bahia, e Manaus, no Amazonas, além de centros de distribuição e unidades de negócios em outros quatro locais.
Ela fechou o quarto trimestre de 2021 com uma participação de mercado de 28% e tem como meta atingir os 36% até o final deste ano.
A empresa reúne um total de 4,8 mil colaboradores diretos e possui mais de 400 produtos em linha, atuando nos mercados de portáteis, climatização, cuidados pessoais, áudio e vídeo, ferramentas e eletrônicos.
TENDÊNCIA
De uns tempos para cá, grandes empresas têm colocado artistas dentro dos seus organogramas, extrapolando o papel tradicional de garoto propaganda da marca.
O exemplo mais chamativo até agora é o do Nubank, que vai pagar R$ 36 milhões nos próximos cinco anos para a cantora Anitta, que está no conselho de istração da fintech.
O Nubank fez bastante barulho com a contratação de Anitta, que, de acordo com a empresa, vai participar de reuniões trimestrais com os outros seis conselheiros e a diretoria do Nubank para discutir “decisões estratégicas” do futuro do banco digital.
Para Anitta, a contratação pela Nubank é mais um o em uma carreira corporativa, que se desdobra em paralelo com o crescente sucesso internacional da cantora de 28 anos (dos seus 53 milhões de seguidores no Instagram, um terço já é de fora do Brasil).
Em 2019, Anitta foi contratada como líder de Criatividade e Inovação da Beats, uma cerveja da Skol voltada para o público jovem, que lançou também uma versão da bebida inspirada no funk carioca.
Meses antes, Anitta foi um keynotes do Universo Totvs, evento para clientes da Totvs, durante o qual explicou seu planejamento de carreira e as ideias para se transformar numa espécie de marca ambulante.