Eduardo Kfouri, vice-presidente da Qlik na América Latina. Foto: Divulgação.
A Keyrus, multinacional sa especializada em business intelligence, big data e soluções digitais, se tornou a primeira elite partner da Qlik no Brasil.
Com o acordo, a companhia agrega os softwares da Qlik a um portfólio de soluções de análise de dados onde já estão IBM, Microsoft, Oracle, SAP, SAS, Tableau e a solução de e-commerce Hybris.
O acordo com a Keyrus é significativa no ecossistema da Qlik no Brasil. Presente no país há 10 anos, a companhia faz todas suas vendas indiretamente, através de três parceiros locais.
As paulistas Nórdica e Inteligência de Negócios e a catarinense Toccato são chamadas revendas master e funcionam como distribuidores no país, com dezenas de parceiros autorizados cada uma.
Já a Keyrus está no grupo de Elite Solution Providers da Qlik, que não tem outras representantes no Brasil. A Qlik aponta em seu site outras 14 empresas que fazem parte dessa categoria globalmente, como Analytics8 e Axis Group.
A Keyrus pode vender licenças de software e oferecer serviços relacionados com a tecnologia da Qlik diretamente.
De acordo com as empresas, a união da experiência da Keyrus na entrega de soluções e serviços de BI combinada com a abordagem da Qlik tem o objetivo de ampliar o escopo, escala e o valor das soluções oferecidas aos clientes nos segmentos varejo, cadeia de suprimentos, saúde, vendas e marketing.
“Nosso principal objetivo com essa parceria é atender as necessidades dos clientes e fortalecer a oferta de business intelligence no país”, destaca o diretor de vendas da Keyrus Brasil, William Nakasone.
O novo parceiro tem um perfil diferente. Nórdica, Toccatto Inteligência de Negócios tem um tamanho similar (só a última divulga seu faturamento, que foi de R$ 39 milhões no ano ado, uma alta de 19%, em comparação a 2014).
Segundo o último levantamento realizado pelo Baguete em 2015, a Inteligência tem cerca de 400 clientes; a Nórdica, 350; e a Toccato, 600. A maioria dos projetos é de foco departamental.
A Keyrus, por outro lado, está acostumada a atender projetos de porte corporativo. Dois dos cases mais recentes envolvem implantação de Hybris na Arezzo e DPaschoal, por exemplo.
A Qlik vem dando indicativos que buscava diversificar seu go to market no país desde o ano ado, quando contratou Luis Picinini, ex-Oracle, como novo diretor de Alianças e Parcerias da empresa para a América Latina, e Lucien Cohen, ex-Accenture, para o cargo de diretor de alianças estratégicas da empresa no Brasil.
Em nível global, a Qlik firmou, neste mês, um acordo para ser adquirida pelo fundo Thoma Bravo. O negócio foi fechado por US$ 3 bilhões. O negócio foi impulsionado pela pressão do fundo Elliott Management Corp, que tem uma participação de 8,8% no Qlik.
Em março, o fundo afirmou que a Qlik estava madura para ser tomada por um player de tecnologia maior.
A Qlik fechou o ano de 2015 com receita de US$ 612,7 milhões, um aumento de 10% em relação ao resultado do ano anterior. Globalmente, os canais foram responsáveis por 55% das vendas da Qlik em 2015.