
O presidente da FCDL-RS, Vitor Koch, foi eleito para presidir o Sebrae-RS no período 2011 – 2015 nesta sexta-feira, 10.
Koch derrotou o presidente da Federasul, José Cairoli, por 8 votos a 7.
Ele recebeu os votos das entidades FCDL, Fiergs, Ciergs, Senai, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Sebrae-RS, Fapergs.
Já Cairoli recebeu os votos de Federasul, Farsul, Senar, Fecomércio, Caixa RS, Banrisul e Sedai.
A eleição expôs divergências no meio das entidades ligadas ao segmento de comércio e serviços, a a quem a próxima gestão estava assegurada por um acordo de rodízio com as entidades ligadas à indústria e ao setor rural.
Cairoli alegava ter o direito estar à frente do Sebrae-RS no próximo mandato devido a um acordo de alternância firmado entre as entidades do comércio. Koch não reconhecia o pacto.
A Fecomércio-RS retirou a candidatura de Júlio Ricardo Mottin, presidente da Dimed/Panvel.
Em nota divulgada para a impernsa, Cairoli afirma que respeita o resultado, mas lamenta o “ rompimento do acordo” e avalia que o fato “ compromete a indispensável harmonia das relações empresariais”.
O presidente da Federasul agradece à Fecomércio e à Farsul pela retirada de Mottin - “um empresário sério, íntegro e vitorioso nas suas atividades” - que seria um reconhecimento à “primazia da Federasul no processo de rodízio acordado”.
“Não vamos trabalhar com envolvimentos políticos, mas respeitar os governos que aí estão”, disse Koch à Rádio Gaúcha, enfatizando que pretende aproximar o Sebrae-RS dos empresários do Interior e do setor de comércio, o maior empregador.
Virada da Fapergs
Foi decisivo na vitória do presidente da FDCL o voto do representante da Fapergs, que não obedeceu a orientação do governo estadual de votar em Cairoli, como fizeram Caixa-RS, Banrisul e Sedai.
Pesou também o apoio do atual presidente da Fiergs, Paulo Tigre, que insistentes boatos – negados pelo próprio – apontam como um dos futuros integrantes do governo Dilma Rousseff.
Votaram em Koch entidades ligadas à Tigre como Fiergs, Ciergs, Senai e Sebrae-RS, além de instituições financeiras ligadas à Brasília como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.