
Céu sem nuvens no LinkedIn. Foto: Depositphotos.
O LinkedIn desistiu dos seus planos de migrar sua infraestrutura de data center para a nuvem Azure da Microsoft, anunciados quatro anos atrás.
Meio chato, porque a Microsoft é a dona do LinkedIn, pelo qual pagou US$ 27 bilhões, no já algo distante ano de 2016.
A revelação é da CNBC, que ouviu fontes ligadas ao projeto de migração para a nuvem pública da Microsoft, batizado de Blueshift (nome não a no teste do trocadilho).
Em nota, o LinkedIn confirmou planos de investir nos seus próprios data centers, usando a nuvem Azure só no que for “apropriado”, como por exemplo rodar 100 aplicações usadas pelos funcionários ou usar o Azure FrontDoor, uma rede de distribuição de conteúdo (CDN, na sigla em inglês) da Microsoft.
O uso fica bem distante das metas anunciadas pelo LinkedIn em 2019, quando os planos eram usar as “inovações de hardware e software” da Azure numa “escala global sem precedentes”.
Os planos começaram a mudar na metade de 2022, quando o LinkedIn deixou para trás os planos de uma migração full para a nuvem pública para adotar um modelo híbrido, mantendo os seus próprios data centers.
A dificuldade do LinkedIn é um problema comum em projetos do tipo.
De acordo com as fontes da CNBC, o projeto inicial previa a migração direta do software do LinkedIn para a Azure, o que se chama no jargão de “lift and shift”.
Acontece que software escrito para rodar num data center não funciona tão bem na nuvem e as adaptações necessárias para tanto podem muito bem inviabilizar uma migração como um todo.