Luciana Genro.
Luciana Genro, candidata do PSOL à prefeitura de Porto Alegre, se comprometeu com uso de software livre na istração pública e corte de CCs na Procempa durante encontro com entidades de TI gaúchas lideradas pelo CETI nesta sexta-feira, 23.
“Para nós é uma necessidade que todo governo trabalhe a partir do software livre”, resumiu Luciana, que colocou a adoção de soluções open source como um dos “princípios” da política de tecnologia de um eventual governo seu.
Outro princípio seria “investir na Procempa”. Luciana reconheceu que a estatal municipal de processamento de dados é “cara para o município”, ponto que, aliás, foi destacado também pelo lado oposto na escala ideológica, Nelson Marchezan (PSDB).
Para Luciana, é possível reduzir o custo da Procempa substituindo CCs por funcionários de carreira e novos concursados.
“Quando eu falo que vou cortar CCs, não é só uma questão política, mas é uma questão de eficácia do serviço público também, porque a gente precisa ter servidores de carreira que tenham qualificação”, resumiu Luciana.
A candidata do PSOL falou acompanhada de Tiago Madeira, um jovem paulista com um currículo recheado de medalhas competições acadêmicas de Computação e uma série de estágios em empresas do Vale do Silício como Google, Dropbox e Facebook.
Luciana Genro começou na política aos 23 anos, sendo eleita deputada estadual pelo PT, sendo expulsa do partido em 2003 por votar contra a reforma da previdência.
Foi uma das fundadoras do PSOL, pelo qual concorreu à prefeitura de Porto Alegre em 2008, fazendo 9% dos votos. A política aumentou sua exposição nacional como candidata à presidência pelo PSOL nas últimas eleições.
Nas primeiras pesquisas eleitorais deste ano, Luciana chegou a figurar como líder nas intenções de voto. Com o começo do horário eleitoral, no qual o PSOL quase não tem tempo, o cenário começou a virar.
De acordo com o levantamento divulgado pela Bureau — Pesquisas Mercadológicas, sob encomenta do site Sul21, Sebastião Melo (PMDB), é o líder, com 23,3% dos votos.
A outra vaga para o segundo turno, no entanto, segue indefinida: Nelson Marchezan Junior (PSDB) tem 14,6%, Raul Pont (PT) tem 12,4% e Luciana Genro (PSOL) tem 9,6% – todos empatados, se considerada a margem de erro máxima de 3,5 pontos percentuais.