
Parece que o metaverso perdeu a força na empresa. Foto: Reprodução/Facebook
Cerca de 100 funcionários brasileiros da Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram foram demitidos desde novembro do ano ado, quando a companhia desligou mais de 11 mil pessoas.
A informação foi apurada pela Bloomberg Línea, que divulgou que os cortes afetam principalmente os funcionários da área de produto, com destaque para as iniciativas voltadas para o chamado “metaverso”.
Os cortes devem seguir. Nesta terça-feira, outra grande demissão em massa atingiu a Meta, que vai demitir outros 10 mil funcionários e congelar 5 mil vagas abertas.
Como outras companhias que aram por layoffs, Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, culpou as taxas de juros elevadas nos Estados Unidos, a instabilidade geopolítica, a forte concorrência e a desaceleração de receita para que as demissões ocorressem.
Ao ser posta em prática, a decisão de enxugar o time também mostra onde estão as prioridades da Meta, que parecem estar mudando rapidamente.
No comunicado da última demissão é possível notar a diferença de discurso de Zuckerberg em comparação com o ano ado: em mais de 2 mil palavras, o presidente citou o metaverso apenas duas vezes, como foi notado pelo Business Insider.
Já a inteligência artificial (IA), que ganhou fama nos últimos meses com o ChatGPT, foi citada quatro vezes, sendo o mais novo e "maior investimento individual" da Meta.
Para quem chegou a mudar o nome da companhia para Meta, e acreditava que o metaverso era o futuro da empresa, a mudança de discurso é grande.
Segundo o BI, o Reality Labs, área da Meta que trabalha com projeto de metaverso, aria pelo mesmo "esforço de eficiência" que o resto da empresa, com dispositivos e trabalhos sendo encerrados neste ano, como o Portal.
“Estamos focados no longo prazo. Isso significa investir em ferramentas que nos tornarão mais eficazes ao longo de muitos anos, não apenas neste ano — seja criando ferramentas de Inteligência Artificial para ajudar os engenheiros a escrever códigos melhores mais rapidamente, permitindo-nos automatizar cargas de trabalho ao longo do tempo ou identificando processos obsoletos que podemos remover”, finaliza Zuckerberg.