
Vem aí um novo Itaú. Foto: Divulgação.
O Itaú deve migrar 50% da infraestrutura do banco para a nuvem até o fim de 2022.
A revelação foi feita pelo CEO do banco, Milton Maluhy Filho, durante o Itaú Day, um evento online nesta quarta-feira, 2.
A revelação é interessante porque dá uma dimensão da pressa da empresa e do tamanho do contrato de 10 anos assinado pelo Itaú com a AWS no final do ano ado.
Na época, a AWS divulgou apenas que o Itaú migraria a “maior parcela” de sua infraestrutura de TI dos mainframes e de seus data centers para a nuvem, sem dizer exatamente quanto ou até quando.
O Itaú vai migrar suas principais plataformas bancárias, soluções de call center, aplicativos bancários on-line e móveis para a AWS.
O projeto inclui tecnologias de analytics, machine learning, serverless, contêineres, banco de dados gerenciado, processamento, armazenamento e segurança.
Durante a participação no Itaú Day, Maluhy Filho revelou ainda que o banco contratou 4 mil profissionais para a área de tecnologia nos últimos 12 meses.
“Nós precisamos fazer uma verdadeira e profunda transformação na nossa organização”, disse Maluhy Filho, segundo relata o NeoFeed.
O Itaú está fazendo uma mudança de rumos significativa na sua abordagem de tecnologia.
Até pouco tempo atrás, o banco estava apostando pesado em construir a sua própria infraestrutura.
Em 2015, aumentou em 25 vezes a sua capacidade instalada, construindo um data center em Mogi Mirim com um investimento de R$ 3,3 bilhões.
Na época, o Itaú disse que o novo data center teria capacidade para atender o crescimento dessa demanda até 2050.
Dentro do complexo há uma subestação de energia com capacidade de até 90 MW, suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 140 mil habitantes.
Foi prevista na época também a construção de mais dois data centers entre 2021 e 2023 e outros dois até 2035, sempre no mesmo local.