DINHEIRO

Motbot faz doações para times de futebol 4h1v36

Plataforma de crowdfunding esportivo leva a “mala branca” para as massas. 2u1oh

28 de abril de 2023 - 09:02
Rogério Neves, fundador e CEO da Motbot. Foto: Divulgação

Rogério Neves, fundador e CEO da Motbot. Foto: Divulgação

A Motbot é uma startup que quer disponibilizar abertamente na Internet para qualquer torcedor o que até agora era uma prática de bastidores de clubes de futebol: a "mala branca".

No jargão do esporte, mala branca é como é conhecida a prática de um clube oferecer dinheiro para outro, visando dar um incentivo extra para a conquista de um resultado positivo.

Já no mundo das startups, o que a Motbot faz se chama “plataforma de crowdfunding”, uma maneira pelo qual muitas pessoas podem aportar dinheiro numa causa ou produto, visando uma gratificação ou não. 

Na Motbot, o interessado cria um conta na plataforma para fazer um Pix para um determinado clube, com a entrega do valor sendo associada a um resultado positivo em uma determinada partida.

Após a escolha, o valor fica em espera na plataforma até o final do jogo. Caso o time escolhido ganhe, a doação é reada para o clube. 

Já em caso de derrota, o valor volta para a conta do torcedor, que pode utilizá-lo para uma próxima partida ou para doar para uma instituição de caridade.

Em caso de empates fora de casa, a distribuição muda. Se o torcedor fizer uma doação e o time empatar, metade do valor será doado e metade retorna para sua conta. 

Metade do dinheiro vai para  os atletas e a comissão técnica, 20% fica para o clube, 10% para instituições filantrópicas e 20% fica para a plataforma.

Atualmente, cerca de 21 times de futebol estão registrados no Motbot, sendo os mais conhecidos deles o Náutico, de Recife; o CRB e CSA, de Alagoas, o Vila Nova, de Goiás e o Gama, do Distrito Federal, clubes que geralmente estão entre a segunda e a terceira divisão do futebol brasileiro.

O resto da lista é menos conhecida, incluindo nomes como América Mineiro Futsal, o Tupi, o Uberlândia, o Itabirito, o Coimbra, e o Patrocinense, de Minas Gerais; o Campinense, o Auto Esporte, o Treze e o Queimadense, da Paraíba; o Estanciano, o Sergipe e o América de Propriá, do Sergipe; o Inter de Bebedouro, de São Paulo; o Gama, do Distrito Federal; e o Potiguar de Mossoró, do Rio Grande do Norte.

O que a maioria deles têm em comum é eventualmente cruzar com algum grande clube na Copa do Brasil, o que é uma ocasião para receber “incentivos” de torcedores do rival deste adversário.

A reportagem do Baguete ficou sabendo da existência da startup quando Neves deu uma entrevista para a Rádio Grenal, uma rádio de esportes de Porto Alegre, falando da possibilidade dos torcedores do Internacional fazerem doações para o Campinense, adversário do rival Grêmio na Copa do Brasil. 

O acordo da Motbot com os clubes, inclusive, prevê que as instituições gerem conteúdo focado na parceria, o que deve ajudar na divulgação de tais ocasiões. 

"A gente precisa de uma parceria do time. É importante que ele gere conteúdo, como entrevista com os atletas, para que no final de jogos que tiveram doações, algum atleta possa vir a público e agradecer aos doadores pela atitude", explica Rogério Neves, CEO da Motbot.

Formado em istração de empresas pela Universidade Federal de Minas Gerais, Neves iniciou sua carreira como diretor da E Tecnologia, empresa de  soluções para geotecnologia, onde atua há mais de 27 anos. 

Atualmente, o executivo é presidente da Associação dos Profissionais da Agrimensura e Topografia (APAT), CEO da E e do Mercado Topográfico, uma empresa de tecnologia que tem como objetivo democratizar os anúncios de produtos e serviços do ramo de Topografia e Geotecnologia.

O uso como uma maneira de oferecer “mala branca” é que mais deu visibilidade na mídia para a Motbot até agora. Mas a proposta não fica por aí. 

O site também funciona como uma plataforma de experiências dos clubes de futebol, no qual os torcedores possam ter o a experiências exclusivas, e como um meio filantrópico, com doações sendo feitas para instituições de caridade.

A partir deste mês, a plataforma também ará a contar com um marketplace de experiências dentro de cada time. A cada real doado, o torcedor a a ganhar pontos no site, que poderão ser trocados por experiências exclusivas aos clubes.

"Eu acredito que essa vai ser uma das principais motivações para que o pessoal doe. Você pode trocar pontos por autógrafos de camisas, levar seu filho para assistir a um treino, conhecer jogadores, tudo trocando pontos", acredita Neves.

Em relação ao lado filantrópico, cerca de 14 instituições já estão cadastradas no Motbot, como a Associação de Amigos da Criança com Câncer de Mato Grosso, a Fundação Pró-Rim, o Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Sergipe e a Santa Casa de Misericórdia da Bahia.

No segundo semestre de 2022, em seis meses de funcionamento, a plataforma movimentou mais de R$ 300 mil em doações.

Recentemente, o time que teve maior adesão foi o CRB, que arrecadou mais de R$ 186 mil em quatro meses de parceria. Por meio dos torcedores do clube, mais de R$ 6 mil foram direcionados para instituições carentes.

Para o futuro, o CEO pretende internacionalizar o site, que já possui possíveis representantes no Chile, e expandir os esportes da plataforma.

"A gente entrou no futebol, mas a gente pretende ir para o vôlei, basquete, esportes individuais e esportes olímpicos, principalmente, pra quando for a próxima Olimpíada, a gente já estar com esse portfólio de esportes bem mais sedimentado", finaliza Neves.

Leia mais 6z23s

FUTEBOL

Grêmio implementa soluções SonicWall 6g6l1l

Há 772 dias
BOLA

Flamengo usa mais SAP 3xl25

Há 800 dias
PÊNALTI

Apostadores subornam jogadores de futebol 4o23b

Há 829 dias
PORCO

Palmeiras fecha com Salesforce 265t69

CESTA

Globant tem contrato com LA Clippers 12i3b

INTERNET

Maracanã instala 5G com TIM 70939