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Henrique Dias, CEO da NoHarm (Foto: LinkedIn)
A NoHarm, startup do Tecnopuc que oferece soluções de IA para a área da saúde, foi uma das cinco iniciativas contempladas pelo edital Juntos pela Saúde, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com valor total de R$ 20 milhões.
Do aporte direcionado à NoHarm, que não teve o valor especificado pela empresa, metade virá da Umane, associação sem fins lucrativos que istra um fundo patrimonial para apoiar, desenvolver e acelerar iniciativas de prevenção de doenças e promoção de saúde no setor público.
Criado em 2022, o Juntos pela Saúde é um programa de match funding que reúne recursos junto a doadores privados para ampliar o o à saúde por parte da população brasileira nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Todo valor doado é dobrado pelo BNDES.
A NoHarm foi fundada em 2019 a partir de uma pesquisa de doutorado de Henrique Dias, ex-Procergs e W3haus, e é dona de dois algoritmos para automatizar a triagem farmacêutica em clínicas e hospitais.
Enquanto um prioriza prescrições fora do padrão, o outro trabalha na identificação de pacientes críticos. O sistema indica, então, onde estão os possíveis erros de prescrição a fim de elevar a qualidade do atendimento e a eficiência hospitalar.
A solução deixou o ambiente acadêmico e chegou ao mercado por meio do Track Startups, programa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) que integra escalas, o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (Idear) e o Tecnopuc, para fortalecer a inovação a partir de experiências empreendedoras da academia.
Hoje, são mais de 80 hospitais e 20 mil leitos monitorados todos os dias com a tecnologia.
“Estamos muito felizes, pois, com esse apoio, a NoHarm vai conseguir ampliar o impacto para a atenção primária à saúde e melhorar o atendimento dos pacientes das regiões Norte e Nordeste que dependem do SUS”, afirma Henrique Dias, CEO da NoHarm.
Como parte do edital, o projeto da NoHarm prevê a implantação de sistemas de inteligência para melhoria do cuidado ambulatorial, monitoramento das populações e e à decisão na regulação dos pacientes.
“Nosso objetivo é integrar as inteligências da NoHarm aos sistemas já existentes no SUS, como Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e Sistema Nacional de Regulação (SISREG), para melhorar o processo de trabalho dos profissionais de saúde e a melhoria do cuidado”, destaca Ana Helena Ulbrich, diretora clínica da NoHarm.
Inicialmente, o projeto envolverá municípios com menos de um médico por mil habitantes em estados como Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pará e Roraima.
Fundada em 1894, a Umane tem sede em São Paulo e, apenas no ano ado, desenvolveu 19 projetos com 53 parceiros em mais de 13 estados além do Distrito Federal.
Entre seus parceiros estão Instituto Butantan, FGV, Instituto Tellus, Desiderata, Prefeitura de Recife, Cidade de São Paulo e Governo do Estado do Ceará.