
Mobilidade na mira dos CIOs. Foto: Getty Images
A maior parte (79%) dos CIOs entrevistados para uma pesquisa da Accenture acreditam que a mobilidade será o fator chave para gerar fontes de novas receitas para seus negócios e projeta investir de 31% a 40% de seus orçamentos nesta área.
O número subiu desde o levantamento de 2012, quando os CIOs focados em mobilidade como gerador de receita não avam de 19% dos ouvidos.
No ranking dos que apostam na mobilidade, a China tem o maior número de empresas com estratégias globais móveis já desenvolvidas, com 50% do total. Atrás, vêm a Itália (47%) e Brasil (37%).
Intitulado CIO Mobility Survey, o estudo global deste ano mostrou também que a mobilidade será prioridade máxima nos próximos anos para um terço (34%) dos CIOs e que 42% deles ranqueiam este item entre suas cinco mais altas prioridades.
Para os gestores de TI ouvidos, a percepção é de que a mobilidade aumenta as interações com os clientes (resposta de 84% dos ouvidos) e afeta diretamente seus negócios (83%).
“Dados de uma pequena amostra também sugerem que diversos CIOs veem seus novos projetos de TI com a seguinte mentalidade: primeiro a mobilidade", afirma o estudo da Accenture.
Com relação às capacidades específicas de mobilidade, os gestores indicam melhorias na infraestrutura de o, captura e processamento dos dados, por parte dos provedores de telecom, no topo da lista de necessidades (43%).
Em seguida, a lista de desafios traz a demanda por engajamento do consumidor via dispositivos móveis (36%), especialmente com transações comerciais (34%), e a necessidade de planejamento e distribuição de dispositivos que em aplicativos B2B (29%).
O estudo identificou, ainda, que durante o próximo ano quase metade (46%) dos CIOs pretende fazer alterações de fluxo de trabalho para incorporar melhor a mobilidade aos negócios.
Além disso, 73% acreditam que a mobilidade irá impactar seus negócios tanto ou mais do que na revolução da web no final dos anos 90, comparado a 67% que responderam isso na pesquisa do ano ado.
Das empresas pesquisadas, 58% têm uma estratégia móvel formal desenvolvida de forma moderada e 23%, de forma extensa, o que fica abaixo dos 31% do ano ado.
“Isso sugere que a velocidade da absorção da tecnologia móvel está acelerando na medida em que as empresas são pressionadas a agir antes que tenham uma estratégia bem definida no lugar”, avalia Jin Lee, diretor de Mobilidade da Accenture.
O estudo considerou ainda que a gestão de dispositivo móvel (27%), colaboração (25%) e troca de conhecimento (23%) são as três principais características mais importantes para desenvolver uma estratégia de mobilidade.
Quando perguntaram aos participantes sobre as duas principais prioridades, China (53%), Itália (53%) e Índia (50%), marcaram a mobilidade como uma de suas duas principais áreas de foco.
No Reino Unido (67%), Japão (57%), e França (52%) o iten aparece como uma das cinco principais prioridades em TI.
SEGURANÇA, INTEROPERABILIDADE E BYOD: GAPS
Para 52% dos ouvidos, o mote deste ano é treinar equipes para ativar suas estratégias móveis, enquanto 37% contratarão em tempo integral especialistas em mobilidade, o que indica uma alta demanda no mercado para o profissional que atua no segmento.
A pesquisa também constatou que mais projetos estão sendo desenvolvidos internamente (76% em 2013, contra 63% em 2012) para apoiar as aplicações móveis.
Para todos os ouvidos, segurança ainda é uma preocupação significativa e a interoperabilidade tem se tornado um problema cada vez maior.
Dos entrevistados, 45% indicam a segurança como preocupação maior para adoção da mobilidade.
Questões de orçamento são a dor de cabeça para 41% e a falta de interoperabilidade com sistemas legados, a de 31%.
No que tange especificamente ao BYOD, mais da metade das empresas pesquisadas (59%) fornecem apenas e limitado para seus funcionários, enquanto cerca de um quarto (28%) oferecem total apoio ara a utilização de dispositivos próprios.
PESQUISA
O levantamento foi realizado entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013 com 413 profissionais de TI (CIOs, CTOs, diretores de tecnologia ou de TI e diretores de Mobilidade) em 14 indústrias de 14 países.
Dos entrevistados, 53% trabalham para empresas que faturam entre US$ 1 bilhão e US$ 5 bilhões ao ano, 42% para as entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, e 6% para as da faixa que vai de US$ 250 milhões a US$ 500 milhões.