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Pará, o campeão da fraude online 4x4j5

Três de cada 100 transações online no estado são uma tentativa de golpe. p6j5u

30 de maio de 2023 - 06:02
Belém do Pará, capital da fraude on-line. Foto: Depositphotos.

Belém do Pará, capital da fraude on-line. Foto: Depositphotos.

Um pouco mais de três a cada 100 transações na Internet feitas no Pará são uma tentativa de fraude, de longe a maior cifra no país.

É o que aponta um relatório da CAF, uma das maiores startups no nicho de idtech no país, com base nos resultados do uso da tecnologia de identificação da empresa nos seus clientes.

O Pará lidera o ranking das tentativas de fraude contra processos de biometria facial ou reconhecimento de documentos, com 3,64%, mais que o dobro da média nacional. 

Logo atrás vem o Rio Grande do Norte (2,89%), Rio de Janeiro (2,25%), Alagoas (2,12%) e Amazonas (2,10%). Os três estados mais seguros são Roraima, Tocantins e o Paraná, onde a porcentagem fica abaixo de 1%.

Para o CAF, a alta porcentagem de fraudes se explica por ações localizadas de quadrilhas especializadas que atuam nesses estados. 

No caso do Pará, podem influir também o fato do estado, hoje com 8,5 milhões de habitantes, ter um dos menores percentuais de domicílios com o a Internet no país, ficando hoje em 82,8%.

Vale destacar que o valor é um percentual do total de transações, então, dentro de uma base menor de operações reais, é mais fácil que a porcentagem de fraudes suba.

Quando o assunto é volume de fraudes, São Paulo fica de longe na frente, com 27%, seguido do Rio de Janeiro (15%) e Minas Gerais (8%). 

“Quando se trata de fraudes digitais, o Brasil, por seu alto potencial de inovação e ampla população, tem um dos ecossistemas mais desafiadores", afirma o CEO da CAF, Jason Howard.

As tentativas de fraudes mais comuns foram o spoofing, em que o golpista manipula uma imagem para tentar se ar por outra pessoa no procedimento de biometria facial; a fraude de identidade facial, quando o fraudador utiliza o próprio rosto para se ar por outro usuário; e as fraudes documentais por sobreposição de foto e fonte irregular, ambas consistindo em um processo de recorte e colagem.

Atualmente, a CAF cria soluções de segurança para bancos, fintechs, marketplaces, transportadoras, e-commerces, negócios em criptomoedas e empresas de apostas esportivas, entre outros. 

Com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Londres, Toronto, Austin e Venâncio Aires, interior do Rio Grande do Sul, a startup tem em seu portfólio de clientes nomes como Magalu, iFood, Vivo, Zoop, Mutual e Localiza.

POR SETORES

De acordo com o levantamento, o alvo principal dos fraudadores continua sendo os serviços financeiros (segmento que engloba bancos, fintechs e empresas de crédito e pagamento), que respondem por 1,73% do número total de transações analisadas — um recuo de 0,6% em relação a 2022. A preferência dos golpistas pelo setor se justifica pelo alto volume de capital movimentado em tais operações.

Foi identificada, ao mesmo tempo, no comparativo a 2022, uma alta das fraudes no segmento de mobilidade — 1,27% contra 1,03% no ano ado. O crescimento no setor, que abrange serviços de transporte, delivery e similares, requer atenção, pois sustentou ainda a maior taxa de fraudes por transação por análise documental (2,94%). É por meio desta documentação que os motoristas se cadastram nos aplicativos de entrega.

No comércio eletrônico, a taxa de tentativas de fraude registrada foi menor: 0,31% — em comparação a 0,76% em 2022. No entanto, a maior parte das transações realizadas no segmento foram no regime de “B2B” (empresa para empresa, em inglês), utilizando a plataforma da CAF para validar empresas e prestadores de serviços.

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