
A Petrobras diminuiu os investimentos previstos para o período de 2015 a 2019 em 37%. Foto: Divulgação.
A Petrobras diminuiu os investimentos previstos para o período de 2015 a 2019 em 37%. Em comparação com o previsto no Plano de Negócios e Gestão para 2014 a 2018, o novo plano tem um corte de US$ 90,3 bilhões.
A nova previsão da empresa para 2015-2019 foi comunicada hoje, 29, à Comissão de Valores Imobiliário (CVM), com investimento total para o período de US$ 130,3 bilhões.
De acordo com a Agência Brasil, no novo plano a carteira de investimentos priorizará projetos de exploração e produção (E&P) de petróleo no Brasil, com ênfase no pré-sal.
Nas demais áreas de negócios “os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural”, segundo a empresa.
Desses investimentos, 86% serão alocados para desenvolvimento da produção, 11% para exploração e 3% para e operacional. Serão destinados ainda US$ 64,4 bilhões a novos sistemas de produção no Brasil, dos quais 91% no pré-sal.
Na atividade de exploração no país, os investimentos estão concentrados no Programa Exploratório Mínimo de cada bloco. Em abastecimento será investido US$ 12,8 bilhões, dos quais 69% em manutenção e infraestrutura.
O planejamento financeiro previsto até 2016 apresenta um desinvestimentos de US$ 15,1 bilhões. Desse total, 30% devem ocorrer na exploração e produção, 30% no abastecimento e 40% em gás e energia.
Para o período de 2017/2018 a Petrobras prevê a reestruturações de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais que somarão US$ 42,6 bilhões.
Entre as empresas que tem contratos com a Petrobras e pode ver as consequencias da redução de investimentos está a Altus, que em 2011 fechou um contrato de R$ 115 milhões com a estatal para automatizar oito plataformas, o maior da sua história até então.
Na época da , o acordo previa para a empresa gaúcha trabalho até 2017, quando estava previsto o lançamento da última plataforma.
Em 2012, a Altus levantou R$ 51,8 milhões do BNDES para expandir sua capacidade produtiva e ter maior capital de giro, dentro do BNDES P&G, focado na indústria de petróleo e gás.
Há pouco mais de um mês, a Lupatech, maior fornecedora nacional de equipamentos e serviços para a Petrobras, entrou com pedido de recuperação judicial na comarca de São Paulo.
Mesmo ainda produzindo válvulas, cordas e outros equipamentos que a Petrobras utiliza na operação de suas sondas de perfuração, a Lupatech disse que não recebe pagamentos desde dezembro. Cerca de 85% do faturamento do grupo, que a de R$ 500 milhões, tinha origem em contratos firmados com a estatal.