LAVA-JATO

OAS pede recuperação judicial 466848

31 de março de 2015 - 17:21
A OAS também informou que vai colocar à venda suas participações na Fonte Nova. Foto: Divulgação.

A OAS também informou que vai colocar à venda suas participações na Fonte Nova. Foto: Divulgação.

O Grupo OAS, investigado por suspeita de corrupção na Operação Lava-Jato, entrou com um pedido de recuperação judicial de nove de suas empresas na Justiça do Estado de São Paulo nesta terça-feira. 

"A iniciativa foi o melhor caminho encontrado pelo Grupo para renegociar suas dívidas com credores e fornecedores diante da intensa restrição de crédito verificada desde o final do ano ado. A OAS decidiu também que concentrará esforços naquilo que é sua principal vocação, a construção pesada", diz o grupo em nota.

Diego Barreto, diretor de Desenvolvimento Corporativo da Construtora OAS, afirma no comunicado que a construtora entrou com pedido de recuperação não por falta de liquidez, mas por questões técnicas, uma vez que é garantidora dos financiamentos do grupo.

Segundo a empresa, suas dificuldades começaram em novembro, a partir das investigações sobre corrupção na Petrobras, "que resultou na interrupção das linhas de crédito". 

"Ao mesmo tempo, clientes suspenderam momentaneamente seus pagamentos e novas contratações. Como consequência, as agências de rating rebaixaram a nota da OAS, o que levou ao vencimento antecipado de suas dívidas", completa o documento.

Em janeiro, as agências de avaliação de risco Fitch, Standard & Poor's e Moody's reduziram a nota de crédito da empresa após o não-pagamento de juros de dívidas.

Junto com o pedido de recuperação judicial, a OAS também informou que vai colocar à venda suas participações na Invepar (24,44% do negócio), a fatia no Estaleiro Enseada (17,5%), na OAS Empreendimentos (80%), na OAS Soluções Ambientais (100%), na OAS Óleo e Gás (61%) e na OAS Defesa (100%), além da Arena Fonte Nova (50%) e da Arena das Dunas (100%).

Segundo a empresa, após o deferimento do pedido de recuperação pela Justiça, o grupo terá 60 dias para apresentar o plano de reestruturação das dívidas aos credores e fornecedores, que terão mais 120 dias para discutir e aprovar a proposta.

A empreiteira não incluiu no comunicado a Arena Porto-Alegrense, responsável pela gestão da Arena do Grêmio. O clube está em processo de negociação para a compra da gestão do estádio.

No dia 25 de março, a Galvão Engenharia, também investigada na operação, informou que entrou com pedido de recuperação judicial. 

Segundo comunicado, a decisão é resultado de sua “atual condição financeira”, “agravada pela inadimplência de alguns de seus principais clientes, dentre eles a Petrobras. A companhia estatal não honrou pagamentos de serviços adicionais executados, por ela solicitados e atestados”.

Leia mais 6z23s

RECEITA FEDERAL

Corrupção no Carf pode bater Lava Jato 6e1ap

Há 3723 dias
CONTRATOS COM GOVERNO

HP paga US$ 108 mi por processo de corrupção 4q6y1z

Há 4073 dias
CENTROS DE CONTROLE

Bilfinger investiga caso de propina na Copa da1y

Há 3726 dias
CONDENADA

Siemens banida de licitações públicas 113f4x

INOVAÇÃO

Programa de startups de MG afunda 5ya4h

INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Fapergs escapa dos cortes no RS 3f2r56

ECONOMIA

Luz no fim (bem no fim) do túnel 143b36

PARANÁ COMPETITIVO?

Programa de fomento sob suspeita 6ye7