VIAGENS

Ponte-aérea custa o dobro da média nacional 2n2ta

Trecho Rio-São Paulo é o que mais tem encarecido, dando espaço para o setor rodoviário. 1z1173

05 de janeiro de 2024 - 12:55
Yield da ponte-aérea chegou a R$ 1,5569. Foto: Divulgação

Yield da ponte-aérea chegou a R$ 1,5569. Foto: Divulgação

O preço da ponte-aérea entre Rio de Janeiro e São Paulo (Santos Dumont-Congonhas) está custando mais que o dobro da média nacional, fazendo muitas pessoas optarem pelo ônibus no trecho de aproximadamente 445,2 quilômetros.

A média de valor para voar um quilômetro no Brasil, o chamado yield, chegou a R$ 0,6014 em outubro de 2023, o maior valor do período em mais de 10 anos e 19% acima dos preços pré-pandemia.

O dado é da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que revelou que o yield da ponte-aérea chegou a R$ 1,5569 no mesmo mês, mais que o dobro da média nacional e 26,5% a mais na comparação com 2019.

Conforme o Valor Econômico, o trecho é o que mais tem encarecido, chegando a mais de R$ 2,2 mil para voos de ida e volta, partindo da capital paulista no mês de janeiro.

Em comparação, um voo de ida e volta para Buenos Aires no mesmo período sairia por R$ 1.598. Já em fevereiro, seria possível comprar uma agem de ida e volta e ficar uma semana em Nova Iorque por R$ 3,4 mil.

Segundo a publicação, parte do efeito do aumento de preço vem da menor oferta de assentos. A ponte-aérea tem 23,89% menos oferta do que costumava ter, o que levou o Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) a investigar a Gol e Latam por "suposta combinação de preços".

Além disso, também há a falta de aviões. No fim do ano ado, a Azul e a Gol reduziram a perspectiva de oferta de voos por conta da falta de aeronaves e turbinas. 

“Parece que hoje temos céu de brigadeiro, mas não é verdade. O endividamento das companhias aéreas aumentou de forma significativa em comparação ao período antes da pandemia”, explica Ricardo Fenelon, especialista em aviação e ex-diretor da Anac.

O setor, segundo Fenelon, teve prejuízo acumulado de quase R$ 50 bilhões entre 2014 e 2022.

Como medidas para reduzir o preço das agens, Azul, Gol e Latam anunciaram em dezembro um conjunto de ações, como o estabelecimento de um número de bilhetes por ano a serem submetidos a um valor máximo.

Por conta dos aumentos de preços na aviação, o setor rodoviário atingiu o recorde de R$ 4,234 milhões em agens corporativas no mês de novembro, quase o dobro em comparação ao mês de 2022 — conforme dados da Associação Brasileira de Viagens Corporativas (Abracorp).

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