INOVAÇÃO

Porto Alegre quer 1 mil startups até 2027 4l253j

Iniciativa das maiores universidades gaúchas quer dobrar número na capital.  19211f

22 de maio de 2023 - 09:42
Tiago de Abreu, gerente de projetos do Pacto Alegre. Foto: divulgação.

Tiago de Abreu, gerente de projetos do Pacto Alegre. Foto: divulgação.

Porto Alegre pretende ficar conhecida como a “cidade das startups”, atraindo 1 mil empresas da chamada nova economia até 2027.

A meta, que significaria mais do que dobrar a quantidade atual de startups, é do Pacto Alegre, uma iniciativa liderada por Unisinos, PUCRS e UFRGS, visando promover um ambiente favorável à inovação na capital gaúcha.

Os dados mais recentes sobre o tema são da pesquisa RS Tech: uma fotografia do ecossistema de inovação no Rio Grande do Sul, realizada pelo Distrito com o Instituto Caldeira em 2021, quando Porto Alegre tinha cerca de 408 startups.

Na época, o estado inteiro tinha 661 empresas do tipo, sendo a maior parte delas healthtechs (11,5%), martechs (9,4%) e retailtechs (9,1%), na grande maioria (61,6%) voltadas ao público B2B.

Tiago de Abreu, gerente de projetos do Pacto Alegre, explica que o momento é de ativação do ecossistema para que, em um próximo o, ele esteja preparado para a globalização. 

“A partir do momento em que se chega a mil startups, temos uma maturidade para conseguir reter talentos, reter recursos e atrair recursos que sejam interessantes. Com esse número, o ecossistema vai ter maturidade para se relacionar com outros ecossistemas do mundo, se abrir para o resto do mundo de maneira natural”, explica Abreu.

Para chegar à meta, o Pacto Alegre pretende atuar através de três frentes. 

Na primeira, a ideia é articular a estruturação de dados relativos à cidade, organizando o compartilhamento de informações disponibilizadas por atores como Associação Gaúcha de Startups (AGS), POA Hub, da prefeitura de Porto Alegre, e Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT).

Além de startups, esses dados também compreendem assuntos como parques tecnológicos, investidores anjo e investidores de private equity.

“Estamos fazendo isso desde o início do projeto, em 2021, e vamos fazer isso até entender que as plataformas estão funcionando e estão maduras. A gente depende dos cronogramas dos nossos parceiros. Enquanto tivermos atores organizando as informações, vamos estar presentes dando essa orientação”, explica Abreu.

A segunda parte é voltada à pesquisa, relacionada ao desdobramento e à qualidade dos dados da etapa anterior. A ideia é utilizá-los para fazer pesquisas relacionadas ao ecossistema, ando por temas desde o nível de psicologia do empreendedor até o desenvolvimento regional e econômico.

O objetivo também é unir PUC, UFRGS e Unisinos a outros atores que queiram fazer ações nesse sentido.

“Se tivermos uma união de pelo menos desses três atores, isso significa mais e melhores pesquisas. Com pesquisas compartilhadas, a gente não vai ficar lá perguntando para o empreendedor as mesmas coisas o tempo todo”, pontua Abreu.

Já a terceira frente busca unificar e coordenar uma estratégia de comunicação para propagar a imagem da cidade como um celeiro de startups, que tem organizações como parques tecnológicos, ambientes de inovação, coworkings e universidades.

“Essa comunicação de Porto Alegre como um ótimo lugar para empreender não é coordenada hoje, cada um faz do jeito que acha que tem que fazer. Então a nossa ideia é criar um frame que seja compartilhado com todo esse ecossistema de startups, inclusive a prefeitura, que é um dos atores mais relevantes para este ponto”, salienta Abreu.

Caso a cidade seja bem sucedida na comunicação de Porto Alegre com uma cidade para startups, a ideia é que isso funcione como um selo para empresas locais que queiram se vender fora do país.

“O gaúcho é um povo empreendedor, a gente já sabe disso e quer comunicar para o mundo inteiro, tanto para atrair quem vem desenvolver seu negócio aqui quanto atrair investimentos”, destaca Abreu.

O gerente explica que a atração de investimentos não está no escopo do projeto, cada um dos atores deve fazer conforme a sua estratégia. 

“A ideia é fornecer subsídios para os atores locais poderem prosperar naquilo que é estratégico para cada um deles. Se a venture quiser usar isso como uma justificativa, se a universidade tem o objetivo de atrair os talentos, se a aceleradora tem objetivo de trazer novas startups, elas terão subsídio para isso”, explica Abreu.

As ações das três frentes devem ser replicadas para o estado inteiro através de uma colaboração com o Rede RS Startup, movimento com objetivos parecidos voltado ao nível estadual, liderado pela SICT com plataforma virtual realizada pela Procergs com o Governo Estadual do Rio Grande do Sul.

Iniciado em 2018, o Pacto Alegre nasceu com a da Aliança pela Inovação, um acordo firmado por UFRGS, PUC-RS e Unisinos. 

A iniciativa tem grande visibilidade na capital gaúcha e funciona em duas dimensões: uma é a relação entre as universidades.

As instituições têm a meta ousada de deixar do lado anos de competição por alunos para trás e trabalhar de maneira mais próxima para fortalecer suas áreas de pesquisa e tornar Porto Alegre mais atrativa para empresas e profissionais, revertendo uma tendência estabelecida de migração de mão de obra para outras partes do Brasil e do exterior.

A outra dimensão é externa e envolve a promoção de diversas ações visando o desenvolvimento do ecossistema de tecnologia da cidade, como incentivos para instalação de empresas, formação de mão de obra qualificada e digitalização do governo. 

Essa segunda agenda (que, na verdade, complementa e expande a pauta interna das universidades) tem a adesão de 80 entidades empresariais e patrocinadores de peso, como Agibank, RBS e Sicredi.

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