
Rimini quer pegar uma fatia de um mercado já disputado no país. Foto: Pexels.
A Rimini Street está de olho na área de serviços de gerenciamento de aplicações, uma fatia suculenta do mercado SAP.
Até agora, a companhia oferecia e de nível 3 para software de gestão da SAP, o que significa e código customizado crítico, atualizações fiscais, jurídicas e regulatórias.
É o e de mais alto nível, que, de acordo com a proposta da Rimini, permitiria ao cliente SAP deixar de fazer atualizações no seu sistema e pagar apenas uma fração que pagava pelo e da multinacional alemã ou dos seus parceiros.
Agora, a empresa está entrando no e de nível 2, o que significa que ará a entrar em e operacional, incluindo resolução de incidentes, gerenciamento de casos e análise de causa raiz para otimizar as operações em andamento, tanto do ERP como de aplicações que rodam em torno do SAP, como NetWeaver, GRC e BI, entre outros.
Em nota, a Rimini divulga o case da Promon Engenharia, empresa brasileira de infraestrutura que já era cliente desde 2016 e agora ou a agregar também no contrato os serviços de AMS.
“Agora nós temos um único e confiável fornecedor de serviços que provê e ao nosso sistema SAP com uma solução integrada, proporcionando economia de custos significativa”, afirma Marco A. Lamim, gerente de sistemas de informação da Promon.
O discurso da Rimini para o mercado está claro: pare de pagar atualizações no seu ERP, unifique os seus es de nível 3 e 2 (o e de nível 1 é mais básico e a companhia não entrou nele) e economize um caminhão de dinheiro.
Na sua nota, a empresa coloca o dedo no olho dos parceiros da SAP, como costuma fazer com a própria SAP, apontando para o que vê como um conflito de interesse entre empresas que vendem projetos e e para os sistemas da multinacional.
“Os modelos tradicionais de AMS também geram resultados insatisfatórios ao criar incentivos para baixar preços e utilizar mão de obra mais barata e inexperiente e, em seguida, compensar as margens de lucro pretendidas através de dispendiosos projetos “fora do escopo” que não otimizam os investimentos atuais nos sistemas SAP das empresas”, afirma a Rimini.
Os contratos de AMS normalmente são fechados com duração de cinco anos e são uma grande filão de negócios para as consultorias SAP, especialmente em períodos de vacas magras como o atual.
É um mercado concorrido também. De acordo com uma pesquisa recente da ISG, 22 empresas trabalhavam com serviços gerenciados para a SAP no país.
Os concorrentes qualificados variam de um mínimo de 150 consultores SAP a mais de 1.000, com uma média de 500. A única barreira para novos concorrentes é a necessidade de obter certificações SAP.
Na sua última divulgação de resultados, a Rimini não chega a dar nenhuma pista sobre o andamento dos negócios na América Latina ou no Brasil, o onde a empresa abriu as portas em 2009 para atender um contrato com a Embraer.
De todas formas, mas coisas devem estar indo bem: a empresa inaugurou um novo escritório em São Paulo, no badalado JK Iguatemi.
A lista de clientes no país tem 70 nomes, incluindo Riachuelo, Tupy, Marisol, Camargo Corrêa e Atento.
A Rimini Street, fornecedora independente de serviços de e a sistemas de gestão empresarial para SAP e Oracle, fechou o ano ado com uma receita de US$ 252,8 milhões, uma alta de 19% frente aos resultados de 2017.