
Stefan Wagner, presidente do SAP Labs Latin America.
O SAP Labs Latin America inaugurou o seu segundo prédio em São Leopoldo nesta segunda-feira, 02.
A multinacional investiu R$ 60 milhões, 17% acima da previsão inicial, para duplicar sua área no Tecnosinos, agregando quase 10 mil m2 e capacidade para 500 estações de trabalho.
O novo espaço receberá em um primeiro momento 190 funcionários que estavam em salas alugadas em um dos edificios do parque tecnológico leopoldense.
Hoje, o SAP Labs Latin America tem 566 funcionários. Com as novas instalações, o número deve subir para 750 funcionários até o final de 2014 e 800 em 2015.
Além dos funcionários, o novo espaço abrigará também o chamado Innovation Center, no qual serão mostrados protótipos e novos produtos em TVs interativas de 80 polegadas, por meio das quais até 12 pessoas podem interagir ao mesmo tempo com aplicações SAP.
As outras áreas são o Executive Briefing Center, um espaço dedicado aos clientes SAP (a empresa realiza eventos no local com alguma frequência) e o Global SAP Co-Innovation Lab através do qual a empresa trabalha de forma conjunta com parcerios na criação de novos produtos.
A expansão sinaliza um comprometimento de longo prazo da SAP, que já havia investido R$ 41 milhões na primeira fase do centro, um dos 14 existentes no mundo.
Com uma equipe já próxima das 1 mil pessoas, o SAP Labs será um dos maiores empregadores na área de TI do Rio Grande do Sul, junto com operações semelhantes mantidas pela Dell e HP em Porto Alegre.
Em relação aos outros centros de países dos chamados BRIC, o centro brasileiro está à frente do russo, que projeta chegar aos 250 funcionários até 2015 e não tão longe do chinês, onde trabalham 1,2 mil. O maior Labs é o da Índia, onde trabalham 4 mil profissionais.
“Meus KPIs são a quantidade de provas de conceito que viram produtos, o engajamento com os clientes e a satisfação dos funcionários”, afirma o presidente do SAP Labs Latin America, Stefan Wagner.
O executivo afirma que o SAP Labs está se saindo bem nos três quesitos tendo entregue três de oito projetos que começaram como conceitos.
Quase metade dos funcionários – 218 – esteve no site de um cliente no que vai de ano e o centro aparece com frequência em levantamentos de melhores empregadores.
O desafio de Wagner é conduzir a ampliação da equipe sem criar problemas no ecossistema SAP no estado, que já está pressionado pela quantidade de projetos de implementação de ERP em andamento.
O SAP Labs contrata em peso um segmento especialmente disputado da mão de obra. Profissionais com cinco anos de experiência compõem 61% do quadro, com uma média de idade de 29 anos. Dos contratados, 86% se formaram nos últimos dois anos.
A empresa consegue reter os funcionários, com uma rotatividade de 6,8%, frente a uma média de mercado na faixa dos 20%. A taxa de retenção dos estagiários é alta (85%), assim como o número de funcionários que foi estagiários (17%). Os índices de promoção são da ordem do 30% do quadro anual e as posições de gerência são ocupados em 90% por funcionários promovidos.
Até agora, o centro tem conseguidoformar internamente seus recursos, evitando contratar profissionais sênior de parceiros.
A empresa já tem iniciativas em curso visando explorar novas fontes de profissionais, como as mulheres, por exemplo, que hoje representam apenas 23% do quadro total de funcionários.
No final de outubro, o SAP Labs organizou o IT Women Competition, um evento exclusivo para mulheres voltado para o banco de dados de alta velocidade Hana. A empresa recebeu 60 currículos para a atividade, da qual participaram 25 mulheres.