
SC tem novo recorde de exportaçõesFoto: Nico Esteves/Divulgação Fiesc
A indústria de Santa Catarina ampliou em 19,4% as exportações em 2011, somando US$ 9,05 bilhões - número que supera o último recorde, registrado em 2008, quando foram embarcados US$ 8,3 bilhões.
Mesmo assim, o saldo da balança comercial do estado ficou negativo em US$ 5,8 bilhões, já que as importações também registraram valor recorde no ano ado, com alta de 24% frente a 2010, totalizando US$ 14,8 bilhões, afirma a Fiesc.
“Embora inferior à média nacional (26,8%), o índice de elevação das exportações é bom, considerando o cenário em que trabalhou o setor industrial catarinense”, avalia presidente da federação, Glauco José Côrte.
Segundo ele, a demanda internacional se concentrou em itens não produzidos por Santa Catarina, como minério de ferro, aço ou automóveis, que puxaram as vendas externas brasileiras.
Côrte também avalia que as importações, embora crescendo mais do que os embarques, registraram índice de crescimento muito inferior ao do ano anterior, quando as compras contabilizadas para Santa Catarina no mercado externo saltaram 64%.
"Nas importações, entre os dez principais itens da pauta prevalecem os insumos para a indústria e não os produtos acabados”, afirma o presidente.
Além disso, segundo ele, é necessário expurgar da conta o grande volume de importações destinadas a outros estados, mas realizadas por Santa Catarina em função do sistema portuário do estado e dos incentivos fiscais.
Entre os produtos que puxaram o desempenho estadual nas exportações em 2011 estão os frangos, com US$ 2,2 bilhões e alta de 28%, motores elétricos, com US$ 591 milhões e alta de 31%, além dos suínos, com US$ 478 milhões e elevação de 52%.
Os Estados Unidos lideraram as compras de produtos catarinenses no exterior, seguidos pelo Japão e pela Argentina.
Para 2012, Côrte prevê que o cenário para os exportadores seguirá sendo de dificuldades, em função da crise na Europa e do baixo crescimento dos EUA.
"Por outro lado, estamos preparados para seguir exportando. Temos produtos competitivos no mercado internacional, caso dos alimentos e manufaturados como compressores, que têm boa aceitação no mercado externo”, finaliza o presidente.